Harry abraça a campanha contra o racismo estrutural

A vida do príncipe Harry mudou radicalmente desde que se apaixonou por Meghan Markle. Ao assumir as rédeas de sua vida e, sem restrições, passar a ter um papel principal na sua narrativa (antes era o coadjuvante), não apenas tem sido mais direto sobre os assuntos que o interessam, como saúde mental, mas também sobre assuntos que desconhecia, como o racismo estrutural.

“Eu não tinha idéia do que se tratava. Eu não tinha idéia que existia [racismo estrutural]. Então, triste como é ter que dizer isso, levei muitos, muitos anos para perceber, especialmente depois de viver por um dia ou uma semana no lugar da minha esposa”, ele falou em um bate papo para a GQ britânica. “Depois que você entende ou se sente desconfortável, então o ônus está em você de sair e se educar porque ignorância não é mais uma desculpa”, afirmou.

“Ignorância não é mais uma desculpa”

Príncipe Harry

Príncipe Harry estava, como toda imprensa gosta de ressaltar, em sua mansão milionária na Califórnia. Ele estava conversando com o ativista Patrick Hutchinson, cuja imagem dele salvando um homem branco, durante um protesto com o movimento Black Lives Matter viralizou. O homem, que estava xingando e atacando o movimento, caiu, mas Hutchinson o salvou carregando no próprio ombro até o local onde ele pudesse ser atendido. Hutchinson foi retratado como herói. “Você é um exemplo brilhante de como cada ser humano deve agir e trabalhar e pensar”, elogiou o príncipe.

Harry tem sido cuidadoso para que sua mensagem e posicionamento não sejam vistos como hipocrisia. Ele reconhece que “todos se enrolam em algum momento. É como se aprende”, sugere. A insegurança de quem ainda não sabe lidar com o racismo estrutural pode, segundo ele, gerar erros. “Nem todos vão acertar. E do que eu já vi, as pessoas estão tentando muito acertar, mas mesmo quando estão tentando, erram absurdamente”, diz ele. A chave, para ele, está na compaixão.

“Não é perto contra branco. Em 2020 nós temos pessoas de todas as cores protestando, todo histórico, toda religião, todas as idades”, seguiu o príncipe. “Se há pessoas que acham que não estamos progredindo na velocidade ideal, então temos que parar e nos avaliar duramente”, concluiu.

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