Claro que vem de um tabloide inglês, mas, segundo a imprensa, príncipe Philip está desapontado com o neto, Harry, por ter escolhido amor antes do dever. Se você ler pelo lado britânico, hás duas mulheres em que Meghan teria se espelhado.
A primeira comparação, do lado do Reino Unido, é com Wallis Simpson, a divorciada americana, que levou o Rei Edward VIII a abandonar a Coroa. Até hoje parece que os ingleses não “perdoaram” a escolha, vista como romântica na época. As críticas à Wallis são tantas que até Madonna fez um filme sobre ela, tentando recuperar sua memória.
A outra comparação, desta vez do lado americano, é a de Meghan com sua falecida sogra, a princesa Diana. Embora exista mais ligação na história das duas mulheres, obviamente via Harry, também é bobagem comparar Meghan a ela. Meghan é Meghan e a história que ela já está escrevendo na monarquia inglesa é única. Nem Wallis, nem Diana. Apenas Meghan.

Meghan Markle não era uma atriz super conhecida antes de se envolver com o príncipe Harry. Seu maior papel, na série Suits, era coadjuvante e a produção, embora com várias temporadas, não chegou a ser um fenômeno. Tinha seguidoras em suas redes sociais, estava empenhada em ser uma influencer. Quando conheceu o príncipe, sua vida mudou da noite para o dia.
Harry, como se sabe e está no livro Battle of Brothers, estava vivendo uma vida complicada dentro do sistema monárquico. Como sua tia avó, Margaret, antes dele, também como os tios, Andrew e Edward, Harry se via obrigado a viver uma vida restrita, cheia de regras e limitações, se distanciando cada vez mais de um dia ser Rei, mas sendo obrigado a agir como se pudesse subir ao trono um dia. Por mais que apoie o irmão, William, há de concordar que não é um destino animador. Quando encontro Meghan, ele encontrou um novo sentido para tudo.
Sim, como Wallis, ela era uma divorciada americana. Como Diana, uma mulher fascinante e cativante, que sabe se comunicar com as pessoas. Porém Wallis e Diana eram mulheres de um tempo muito diferente de Meghan. Enquanto Diana e Wallis, gostando ou não, se mantiveram na Família Real, Meghan não precisava da instituição para nada. Sim, a fama que alcançou por associação é inegável, mas por que parar ali? Por que não poder fazer pelo menos algumas coisas de forma diferente?
A grande diferença de Meghan deve ser apreciada.
O afastamento de Edward VIII e Wallis Simpson foi porque se amavam, mas as regras da Igreja (e sociedade) não permitiam que tivessem o que queriam. Obrigados a escolher, o amor prevaleceu.
O afastamento de Diana foi justamente porque ela queria uma união de amor e se recusou a se ajustar a uma vida de hipocrisias e falsidade. Não quis tampouco que sua história fosse contada por terceiros. O que foi visto como rebeldia estava em sintonia com os tempos atuais e afetou a percepção do público sobre a Família Real. No entanto, Diana, que nasceu nobre, inicialmente queria manter seu título. A sua proposta de parcialmente servir à Coroa não deu certo porque tinha que se submeter às regras. Infelizmente ela morreu antes de criar uma alternativa.

Foi nesse cenário, de ressentimentos e traumas, que Meghan entrou na vida de Harry. E ela deu a solução para o problema: independência. Aparentemente ela e Harry tentaram seguir o exemplo de Diana, de serem donos de seus narizes sem romper com toda tradição. Assim como Diana, e por causa de Diana, o modelo foi rejeitado de cara. Ou se é da Família Real ou não. O que não se esperava era que a opção de sair fosse aceita e bem sucedida.
Meghan sabia que fora da Família, ela e Harry não apenas seriam mais felizes. Poderiam ser como qualquer um, trabalhando para seu sustento e decidindo o que falar, quando falar e com quem falar. Como um casal de extrema beleza e grande fama, o céu é o limite, não a Coroa ou regras milenares. Nem Diana nem Wallis foram tão corajosas quanto Meghan. Meghan rompeu com o que está errado, antiquado e radicalmente centrado no passado. Harry não poderia estar mais feliz do que está com ela.
Se a ambição de Meghan um dia foi de ser a pessoa mais famosa do mundo, ela alcançou. Se ela quer ser Presidente, terá votos. A questão é que ela é uma mulher de fibra, coragem, foco e muita classe.
Certamente tem mágoas pelo que viveu quando estava tentando se enquadrar, mas, como uma mulher independente, não encoraja falsidades. Natal longe de casa, cheia de compromissos e tratamento gelado de parentes? Não, obrigada. Tem toda razão depois do constrangimento de março de 2020. A foto dela engolindo em seco, de Harry visivelmente incomodado não será apagada. É como se ouvíssemos os pensamentos “outra dessa? Tô fora”. Dentro de alguns anos, tudo pode mudar. Ainda é cedo. O que importa é o futuro e ele parece ser brilhante.

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