Desde que anunciaram um contrato com a Netflix, ainda em 2020, Príncipe Harry e Meghan Markle lidam com a intensa curiosidade sobre o que vão falar e mostrar sobre suas vidas. Após os comentários chocantes na entrevista para Oprah Winfrey e alguns comentários velados de Meghan no seu podcast, espera-se ainda mais dos registros dos bastidores dos dois e sua conflituosa relação com a Família Real. A verdade é que nada sobre o conteúdo vazou e a especulação é grande. Em poucas semanas veremos o resultado na plataforma.
A docuseries será rica de imagens e momentos cândidos do casal, sem dúvida. Embora não se tenha certeza do quanto vai mostrar da relação dos dois com os Windsors – dada a distância física e emocional entre eles – veremos de primeira mão como Harry e Meghan estão construindo suas vidas em um novo país e uma fundação 100% deles, a Archewell.



Os relatos de que houve arrependimentos e tentativas de edição se multiplicam, assim como conflitos entre eles e a Netflix, que cancelou o outro grande projeto de Meghan, a série Pearl, mantendo apenas o “reality” no planejamento. Supostamente a série vai mostrar a vida de Meghan e Harry em Montecito, Califórnia, com seus filhos, Archie e Lilibet. Além da pandemia, muitos fatos pessoais devem fazer parte da narrativa, incluindo as brigas judiciais dos dois contra os tabloides, as viagens e palestras, os jogos dos Invictus e os falecimentos da Rainha Elizabeth II e Príncipe Philip, entre outros.
O que se discute são as dúvidas sobre possíveis discussões com o rei Charles III, que assumiu a Coroa e tem uma posição bem diferente de sua mãe sobre o conflito com Harry e Meghan. Segundo os tabloides, o casal tentou “minimizar muito do que disseram sobre o rei Charles III, a rainha consorte Camilla e o príncipe e a princesa de Gales”, contra o obvio interesse dos produtores de manter a autenticidade do que foi registrado.


A possível tensão e antecipação, dobrada com a biografia Spare, prevista para 10 de janeiro, ganhou força quando em entrevista à Variety, Meghan pareceu confirmar o receio dos dois sobre a série uma vez quem eles têm controle criativo “limitado”. “Estamos confiando nossa história a outra pessoa e isso significa que passará pelas lentes deles”, disse, acrescentando que a versão final “pode não ser da maneira que teríamos contado”.
Se não incluirem imagens dos parentes de Harry, ainda assim veremos como reagiram ao drama familiar nos bastidores, com as disputas sobre o uniforme militar de Harry, o desconvite do casal para uma recepção da família real a líderes mundiais e até o fato de que Charle ainda não confirmou os novos títulos de Archie e Lilibet, que como netos do rei, deveriam ser conhecidos como príncipe e princesa, mas ainda não mudaram o status oficialmente.
O que todos comentam é que a Família Real está aguardando até vir a docuseries e o livro para tomar novas atitudes sobre Meghan e Harry. E faz sentido. Essa semana, quando completou 74 anos, Charles tomou uma decisão altamente simbólica, ampliando a lista de quem pode substituí-lo. Por lei, os Conselheiros de Estado incluem o cônjuge do soberano e as próximas quatro pessoas na linha de sucessão maiores de 21 anos, mas o monarca pediu à Câmara dos Lordes que nomeasse o Príncipe Edward e a Princesa Anne como Conselheiros de Estado. O que especialistas apontam como a prova de ser cada vez mais improvável que Harry ou príncipe Andrew sejam chamados para representar o Rei. Pode até ser pior, com a possibilidade de que os títulos atuais – Duque e Duquesa de Sussex- sejam revistos. A novela ainda não chegou ao final, mas está bem próxima da conclusão. O que será que vamos ver?

