As idiossincrasias de Catarina em The Great

O brilhantismo do texto de The Great é quase como se estivéssemos ouvindo música. Traz os paradoxos, as ironias e as críticas à personagem de forma inteligente e divertida. No segundo episódio da terceira temporada, temos Catarina (Elle Fanning) ainda insistindo em modernizar a Rússia sem captar que está pavimentando a queda da monarquia e tudo que ela mesma representa. Em “Escolha Suas Armas”, ela está mais política, perigosa e deliciosa do que nunca.

Pode parecer que o episódio não avança muito em relação ao drama do final da temporada passada, ainda temos os nobres tentando descobrir como transitar em uma Corte na qual os antagonistas se entenderam. Sem ter tomado conhecimento que ela mesma matou Orlo, e seguindo sua sociopatia de ignorar os sentimentos alheios, ela o procura em vão. Sua felicidade com Peter (Nicholas Hoult) é tão plena como pode ser, e o casal honestamente tenta se entender. O ‘novo’ conflito aqui é ver uma Catarina cortejada pelos embaixadores britânico e americano, ambos na busca de recursos da Rússia para ajudá-los a vencer a guerra pela independência dos Estados Unidos. Elle Fanning está cada dia mais à vontade no papel, destacando a maturidade da imperatriz e sua ascensão como líder. Não é fácil e a química com Nicholas Hoult faz do improvável casal um vício. A dificuldade de Catarina de ler o ambiente antes de implementar mudanças é sempre fonte de risadas.

Com um elenco tão afinado, uma narrativa tão inteligente é fácil se deixar levar pelos absurdos – ocasionalmente verdadeiros – da história. The Great só melhora com o tempo. Ainda bem que a quarta já está garantida!


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