Há mágica sem o feiticeiro?

Desde que a Netflix se jogou com vontade no mundo mágico de The Witcher, a plataforma vem lidando com as cobranças de fãs dos livros, dos jogos e acima de tudo de Henry Cavill. O ator, ao lado de Emilia Clarke, tem uma popularidade ímpar nas redes sociais. Qualquer papel em qualquer franquia é feito para eles, segundo seus adoradores, seja James Bond ou Aegon Targaryen. Um geek apaixonado e profundo conhecedor de jogos, a adoração não é infundada. O que não rende, necessaiamente, popularidade nos bastidores.

Quando Henry foi anunciado como o escolhido para viver Geralt de Rivia, houve quem tivesse criticado. Muito jovem, muito bonito foram alguns argumentos, mas a dedicação dele compensou. Estreou com sucesso e tudo parecia ir bem. Porém, na segunda temporada seus embates com a showrunner Lauren S. Hissrich ficaram difíceis de omitir. Das várias informações que vazaram vieram os desentendimentos entre o astro e a roteirista sobre as liberdades que estavam tomando sobre a história original.

Portanto, quando a segunda temporada – que se afastou do que os livros – Henry ganhou o apoio dos ‘puristas’. E, em 2022, veio o anúncio: Henry, que lutou arduamente para ganhar o papel, estava saindo de The Witcher e seria substituído por Liam Hemsworth. Mesmo os que foram contrários à sua participação ficaram chocados: The Witcher sem seu astro principal?

Com todo drama atrás das cenas, o que está nas telas não tem a mesma graça. Oficialmente Henry estaria saindo para voltar a fazer Super-homem, da DC, mas como foi demitido do papel poucas semanas depois. Não se preocupem, ele está em Warcraft e o reboot de Highlander, mas houve alusões à misoginia e comportamento tóxico enquanto esteve contrariado. Será?

Não importa, há um ar de tristeza em toda terceira temporada e a dúvida a cada cena que sabemos que se aproxima da despedida de Geralt como o conhecemos: há mágica sem o feiticeiro?

A fantasia de The Witcher é mais pelo mundo da magia do que pela guerra política que faz os fãs de Game of Thrones apaixonados pela saga Targaryen. Para pessoas como eu, é divertido, mas o drama fica um tanto irrelevante (serei cancelada). Para piorar, o hiato de um mês ficou sem justificativa de deixar apenas os três episódios finais para fechar o mês, mas tudo bem.

Com Geralt vivendo sua principal derrota em toda saga, a melancolia na despedida de Henry Cavill ficou muito clara. O arco ficou completo, não haverá mais neutralidade do lado do Witcher, mas mais uma vez estamos com Ciri fugindo, o trio de heróis separados e os vilões parecendo estarem à frente. Se não der certo, não será por causa de Liam, mas definitivamente está correndo um risco grande. Definitivamente Henry Cavill fará falta, mas, como seu próximo desafio, Connor Mcleoud aprendeu em Highlander – O Guerreiro Imortal: só pode haver um. The Witcher entra em um território de ou dá ou desce, um desafio que apenas mágica poderá salvar. Sem seu mago.


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