O último episódio da série Operation: Lioness pareceu excessivamente parado nos mesmos dramas, mas podemos avaliar que está construindo algo para uma virada. Em um mundo onde a desconfiança tem o mesmo peso que alianças precisam se formar, é especialmente desafiador para Joe (Zoe Saldaña), a líder da Operação Leoa. Ela é especialmente dura com a valente, porém frágil Cruz (Laysla De Oliveira) que é quem está em maior risco.

Nos dois primeiros episódios foi estabelecida a sociopatia de Joe, com a equipe, com a chefe, Kaitlyn Meade (Nicole Kidman) e com a família. Ela se mantém focada, fria, em alerta constante porque vidas dependem dela, de seus subordinados mais imediatamente, mas também do país. Ela tem o apoio e a compreensão irrestritas de Kate e seu marido, Neil (Dave Annable). Embora Kate faça parte do trabalho, é muito estranha a conexão de Neil e Joe. Que eles tenham um acordo de casamento aberto é com eles, mas a maneira que tratam a família faz dos dois os piores pais da cultura recente da TV. A praticidade que tratam a filha adolescente é quase pior do que a rebeldia irritante de Kate (Hannah Love Lanier). Que Joe seja uma péssima mãe por estar mais ligada à carreira é um dos elementos interessantes da personagem, mas a frieza de Neil é sociopata.
Portanto, voltando ao casal, Kate sofre um acidente de carro e mal escapa com vida, porém dificilmente salvará a do bebê que não fica claro que nem ela estivesse ciente que existia. A falta de carinho e tato de Neil a compartilhar em uma tacada só que ela perdeu o bebê (ou perderá), que as amigas morreram nem chega perto do fato que talvez Kate não volte andar. Mas ele encontra no meio desse caos a forma de colocar a culpa no ombro dela: ‘viu? não seguiu nossas regras? agora paga o preço’. Considerando que todo esse pedaço da história ainda fará sentido para estarmos acompanhando – por hora não faz – é um exemplo de como Joe e sua praticidade funcionam. O que Kate também consegue é atrapalhar a missão de sua mãe pois Neil ligou para Joe no meio de uma operação arriscada, mas já falaremos mais disso.
Aaliyah (Stephanie Nur) continua mimando Cruz nos Hamptons. Além de um papo na praia, onde confessa que não queria se casar, a jovem leva a agente para uma balada animada onde claro, sai pancadaria e as duas se separam. Esperava mais de um lugar supostamente refinado dos Hamptons. Eu espero que uma das surpresas da história esteja na aparentemente inocente Aaliyah que até o momento, mesmo com todas bolas fora de Cruz, se faz de desentendida. Ela ‘comprou’ o acidente de carro da amiga que apareceu toda roxa, não estranhou que Cruz soubesse karatê para escapar de um estupro dentro de casa e agora, na balada, ‘desaparece’ do nada depois de cair em um ‘boa noite Cinderela’. Talvez Aaliyah tenha certeza que Cruz não é agente justamente por ser tão obvia, afinal, como Kaitlyn já cantou, se Cruz caiu no golpe da bebida batizada com essa facilidade ela certamente não está pronta para a missão, mas Joe insiste.

Eu acho que Aaliyah está mais do que ciente de quem é Cruz. Sua pergunta frequente pelo tal tio em Dubai que sempre tem uma resposta esquiva. Ela diretamente perguntou sobre o arranjo dos casamentos e a resposta foi a de uma mulher moderna: não está na mente dela agora, quer terminar a escola, ter sua própria vida, etc. “Você é tão americana”, Aaliyah responde de um jeito que achei mais misteriosa do que de alguém que acreditou no que ouviu. Acredito nessa virada ainda. Outra dica? É Aaliyah que escolhe o clube da balada, que por alguns momentos parecia vazio mas ela avisa que é o local pra onde todos irão quando tiverem fome. Bingo. Ela sempre está à frente dos outros. Fiquem ligados!
Enquanto isso, Joe tem problemas domésticos e profissionais. Sua equipe foi envolvida em uma operação que (quase) deu errado e ela ficou exposta. Mas Cruz consegue convencer a todos que de fato agora é necessária. Ela já descobriu onde será o casamento (em Dubai) e prestem atenção ao que Cruz avisa: “É onde Aaliyah quer se casar (em Dubai) e ela sempre consegue o que quer”. Eu teria medo dessa afirmação, mas, por hora, mantém Cruz na jogada e a gente na ansiedade.
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