O esforço da cura em Physical

Physical não tem herói simpático. Todas personagens são complexas, com traumas e frustrações guiando suas decisões e Sheila (Rose Byrne) talvez seja a ‘pior’ delas pois sua fachada de boa mãe e esposa esbarram com a verdadeira mulher que apenas agora está conseguindo externar. Na temporada final, é, finalmente, sua árdua tentativa de ‘melhorar’ como pessoa.

Dito isso, sua voz interna de autodestruição agora projeta a arquirrival Kelly Kilmartin (Zooey Deschanel) e o que fica diferente é justamente saber que Sheila tem se esforçado para vencer a bulimia e ela não depende apenas de boa vontade. Em Burning Up, o duelo interno que ela tem em si mesma, quando cada vez que avança para a ‘cura’, a “voz” a demoniza e a envergonha, dificultando seu foco. Ao mesmo tempo, pela prmeira vez senhora de si, ela está navegando um novo universo social e pessoal, onde não tem que agradar a outros além de si mesma.

O sucesso na televisão também mexe nos relacionamentos ao seu redor. Greta (Dierdre Friel) também está entrando no caminho da independência do marido, o que claramente será sinônimo de crise. Ela e Sheila são abordadas por uma marca de biscoitos sem gordura que quer se associar à marca delas, criando uma oportunidade de negócios. Todos, menos os maridos presos ao passado, estão tentando mudar, incluindo Maria(Erin Pineda) e John Breem (Paul Sparks).

A mensagem da temporada é mostrar justamente que fazer escolhas, estabelecer limites e “melhorar” são processos dolorosos, constantemente desafiados e que demandam esforço físico na mesma medida que o psicológico. Parece que a idéia de aniquilar a concorrência foi colocada de lado e Physical aposta mais na positividade. Por que nossas vozes interiores ainda querem sofrer?


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