Sabine e Ahsoka têm a Força

Há um sério problema para os fãs de Star Wars: há a geração original, impactada pela trilogia que começou a franquia, há a geração seguinte, que devorou os livros e em seguida as que viram as animações Rebels e The Clone Wars, etc. No meio de uma história que vai se reescrevendo ao longo do caminho, há também as armadilhas de tentar ser Marvel, ou seja, cruzar universos e personagens, meio que puxando o consumidor para o universo lucrativo e rico de uma infindável guerra nas galáxias. Star Wars frequentemente não consegue manter coerência do que conta ou das personalidades, há furos que contribuem para confusão. Porém, se você se deixar levar, é uma delícia. A antecipada série Ahsoka sempre foi uma das mais ansiadas dos fãs pois é de uma forma a live action de Rebels e Clone Wars e não desaponta.

Se você não viu nenhum dos dois conteúdos terá que se contentar com as explicações breves que as personagens oferecem, sem exatamente entender as relações (às vezes conflituosas) entre elas. Igualmente terá melhor idéia se tiver visto The Mandalorian e The Book of Boba Fett, com lucro se também tiver curtido Obi-Wan Kenobi e Andor. Todas ‘andam’ sozinhas, mas ficam melhores unidas.

Em The Mandalorian reencontramos Ahsoka, ou conhecemos Ahsoka Tano (Rosario Dawson), uma ex-Jedi que está em uma missão de localizar o General Thrawn (Lars Mikkelsen). Toda história dele é longa e densa, veremos como vão resumir, mas, por hora, é suficiente saber que basicamente ele desapareceu há alguns anos, com o Ezra Bridge (Eman Esfandi), o melhor amigo de Sabine Wren (Natasha Liu Bordizzo). PERDÃO DIE HARDS FANS, O RESUMO SIMPLIFICADO É PARA INICIANTES. Thrawn, como sabemos, é temido por todos – maus ou bons – e Ahsoka sabe do risco caso ele retorne. Portanto, nos dois primeiros episódios vemos que Ahsoka precisa da ajuda da brilhante Sabine, cuja rebeldia e ressentimentos criam uma janela de oportunidade para os antagonistas sairem na frente para encontrar Thrawn. Ahsoka – e especialmente Sabine – estão mais interessadas em achar Ezra.

Reencontramos desafetos como Morgan Elsbeth (Diana Lee Inosanto), que Ahsoka tinha capturado em The Mandalorian, assim como outros de Rebels e The Clone Wars, deixando muito claro que esbarraremos com Darth Vader (Hayden Christensen) também, mas são dois novos antagonistas que ganham destaque: Baylan Skoll (Ray Stevenson, em seu último papel antes de falecer) e sua aprendiz, Shin Hati (Ivanna Sakhno), que têm ótimas sequências de ação. O protagonismo ficou muito nos excelentes ombros de Sabine, que é co-optada para voltar a lutar ao lado de Ahsoka na aventura que começa.

A estréia de Ahsoka foi consistente, poderosa, coerente, emocionante e promissora. Traz o protagonismo feminino no universo de Star Wars no tom perfeito, algo ainda raro na franquia que nunca explorou a pioneira Princesa, opa, General Leia como poderia. Sabine Wren, pra quem viu Rebels, é uma grande guerreira e é emocionante conhecê-la em carne e osso.

Pra quem precisa saber mais, há uma febre de canais resumindo os conteúdos e contextualizando easter eggs. Vou separar alguns para compartilhar. Sem grandes spoilers, recomendo acompanhar Ahsoka. Ela faz jus à sua lenda.


Descubra mais sobre

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Deixe um comentário