Sheila Rubin (Rose Byrne) não precisa e nem tem nossa simpatia. No entanto nós temos empatia com seus traumas e medos, mais ainda com seus distúrbios alimentares e sua saúde mental. Mesmo em sua despedida, acompanhamos sua luta para uma existência mais saudável, mas como é difícil!
Physical estreou há três anos abordando temas sombrios e complexos como abuso sexual e bulimia, entre outros. Sheila lutava contra sua voz interior completamente autodestrutiva, mas com terapia, não a calou só passou a ter outro rosto e voz, agora projeção de Kelli Killmartin (Zooey Deschanel), sua principal concorrente. Se inicialmente ela tentava esconder, agora admite que é essa sua batalha mais cruel (dentro de sua cabeça), mas ninguém realmente a entende, nem mesmo Greta (Diedre Friel). O único a ter algum tipo de conexão profunda com ela é John Breem (Paul Sparks), que não ouve vozes, mas tem a mesma necessidade de controle que Sheila.

Foi triste ver, em meio à uma crise, que a solidão ainda é o principal empecilho de uma redenção. Greta quer crescer os negócios justamente para endossar alimentos, com Sheila longe de ser uma boa vendedora do produto por razões obvias. Mas todos têm o narcisismo típico de todas as séries do momento e nem uma pessoa que precisa de ajuda está livre.
Os demônios pessoais da personagem são assustadores. Não sou psicóloga, mas suas crises me parecem quase esquizofrenia. A canalização dos problemas em esporte parece algo ‘bom’, Danny (Rory Scovel) agora é maratonista, mas não é suficiente. O fortalecimento mental é tão necessário quando o físico. Assim, Physical critica claramente a o mercado fitness, que pode mascarar problemas ainda mais sérios se não endereçados. E estamos em um momento de pura incógnita da temporada final: sem Danny, sem Greta, sem controle… como Sheila vai conseguir se manter?
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