Uma vez que em Star Wars a narrativa é confusa e jamais linear (a primeira trilogia era a metade da história), se você não viu Star Wars Rebels ou nenhum canal que explica tudo no Youtube, certamente ainda está perdido em Ahsoka. Em tese a meta da série é simples: Ahsoka (Rosario Dawson), uma ex-aprendiz de Jedi (que tinha como mestre Anakin Skywalker (Hayden Christensen)) que está preocupada e empenhada a impedir a volta do Grande Almirante Thrawn (Lars Mikkelsen). Ele está em uma galáxia desconhecida quando no passado, o amigo rebelde de Sabine Wren (Natasha Liu Bordizzo), Ezra Bridge (Eman Esfandi) o isolou (ficando preso com ele).

Como Sabine tem uma relação próxima com Ezra, essa é a motivação principal dela para ajudar, um conflito potencial que Ahsoka endereça logo cedo. A mestre avisa à discípula que terão que tomar uma decisão: para evitar os antagonistas de chegarem ao destino antes, uma vez que eles já têm a vantagem, elas terão que destruir o mapa e assim, eliminar qualquer chance de salvar Ezra. Sabine acha que conseguirá tomar a decisão certa, mas é porque ela nunca esteve em Game of Thrones. Sim, Amor sempre é a morte do Dever. Ela não consegue. E assim, um episódio cheio de lutas silenciosas (e lentas!), nos deixa antecipando o pior e ainda assim, com algumas ‘surpresas’.
Bom, reencontramos Ahsoka e Sabine escondidas em Seato e tentando se preparar para voltar a encarar Baylan Skoll (Ray Stevenson). Elas estão sozinhas porque a Nova República recusou o pedido de ajuda de Hera Syndulla (Mary Elizabeth Winstead) para investigar Thrawn. Shin Hati (Ivanna Sakhno) e Marrok são derrotados pela dupla, mas é mais difícil para Ahsoka superar Baylan. Ela sabe que Anakin hoje é Darth Vader e não cai na conversa sobre Lados, só não tem mesmo força no duelo, caindo do penhasco e deixando o comando para Sabine destruir o mapa. Porém ela hesita, criando uma oportunidade para Baylan usar com ela o discurso que não funcionou com Ahsoka.
Em conflito porque não haverá como salvar Ezra se ela fizer o que tem que fazer, Sabine é convencida a entregar o mapa e ser levada como prisioneira na jornada para encontrar Thrawn, que, para ela, a reunirá com seu amigo Ezra Bridge. Portanto, como Anakin antes dela, é o amor que deixa a Força vulnerável. Ela não está do lado obscuro, mas certamente colocou toda Galáxia em risco de uma nova Guerra.

Gente, sabemos que mesmo sendo morto mais à frente, haverá um Novo Império e os mocinhos estarão em risco. Não há final feliz no horizonte! Estamos apenas acompanhando as trajetórias dos heróis que ficaram pelo caminho.
E Ahsoka, aparentemente morta? Não exatamente. Ela acorda no Mundo Entre Mundos, algo que os fãs de Rebels já estão familiarizados. É um plano místico dentro da Força, com várias portas e caminhos entre o tempo e o espaço, conectando todos os momentos no tempo. Na animação, ela foi puxada para esse plano por Ezra, que a salva da morte (enfrentando justamente Darth Vader). Só que dessa vez não tem um amigo, ela reencontra ninguém menos do que Anakin Skywalker. Sim, reencontramos o jovem Jedi.
Anakin a chama pelo apelido – Snips – e diz, “Não esperava ver você tão cedo”, sorrindo. Os créditos sobem depois de ouvirmos o tema de Darth Vader e a dúvida de onde ela está, se reencontrou Anakin na vida após a morte ou uma força mais sinistra? E para que lado Sabine vai pender quando chegarem até o destino? Será que Ezra está vivo?


Chegamos à metade da temporada com mais perguntas, mas empolgadas com a qualidade da produção e a narrativa simples e efetiva. Ahsoka, ao lado de Andor, está superando até The Mandalorian (vou ouvir reclamação, mas acho é minha opinião). As cenas de luta me pareceram exageradamente lentas (como os atores se movessem em slow motion), mas estão lindas.
Fãs da franquia estão lamentando a morte de Ray Stevenson porque Baylan tinha um potencial de antagonista maior, mas infelizmente não irá muito à frente. E embora houvesse muita especulação sobre a identidade de Marrok, ela acabou não sendo o que queriam. Tudo bem. Ainda há muito vindo pela frente!
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