O reencontro entre Ahsoka Tano (Rosario Dawson) e Anakin Skywalker (Hayden Christensen) foi ao mesmo tempo emocionante e angustiante. Amigos de alma, parceiros no treinamento Jedi e igualmente questionadores das regras, ambos traçaram caminhos opostos, o que é particularmente emocionante se Anakin não tivesse sucumbido ao lado obscuro da Força, se transformado em Darth Vader e causado tanta destruição em sua trajetória. Ahsoka, para os fãs de Rebels e Guerra dos Clones, se manteve fiel à fazer o Bem, a ajudar, mas havia – pelo menos na série – a necessidade de confrontar seu Mestre. E é essa vertente quase esotérica que determina a importância do quinto episódio de Ahsoka.

Com imagens incríveis e duelos emocionantes, o reencontro dos dois no Mundo entre os Mundos, no qual ela está “morta” e deve definir seu próximo passo. Ela revive o passado, ela vê um presente e um futuro possíveis, onde Ahsoka está sendo ” testada”. Onde Anakin falhou, ela vence e por isso retorna ao mundo real como Ahsoka ” branca”, num paralelo à Gandalf de Senhor dos Anéis.

Em termos de ação parece que não houve muito, mas o fato de que Jason é quem mostra seu potencial de seguir seu pai e localiza onde está a ex-Jedi é importante. Como Anakin revela, ele aparece para ” terminar o treinamento” dela e é isso, a missão de Ahsoka é determinada pela conclusão de que ela não vai sucumbir ao lado obscuro.

Ahsoka não condena a decisão de Sabine de se render para encontrar Ezra e consegue se conectar com a Força para viajar no mesmo caminho mesmo sem o mapa. E assim devemos ter o encontro com Thrawn em breve.

Foi muito bom rever Hayden no papel que o eterniza no cinema, agora mais maduro e convincente. A tragédia de Anakin é uma das mais tristes do universo de Star Wars e sua conexão com Ahsoka, que supera seu mestre, reforça isso.

Portanto o episódio 5 é quase um catch up para os não iniciados entenderem a trajetória da heroína e sua relação tão complexa com o principal vilão da franquia.

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