Alex e a virada de jogo em The Morning Show

A briga de sobrevivência econômica é o fio condutor de boa parte da trama de The Morning Show, com a emissora UBA enfrentando cortes, queda de audiência e publicidade, uma realidade para muitos profissionais de jornalismo e entretenimento nos últimos anos. Como CEO, Cory (Billy Crudup) estava empenhado na venda, mas agora tem que conseguir dinheiro para fechar o ano e por isso depende de toda sua equipe.

Ninguém está realmente compreendendo a dimensão do problema, mesmo que ele avise que, para falar de igualdade salarial, é preciso garantir um salário. Como ninguém confia nele, não há nada além de um comprometimento raso. Âncoras circulando entre clientes em eventos fechados, etc. Stella (Greta Lee), sempre prática e eficaz, garante um acordo milionário de anunciantes importantes, mas tem que se submeter ao machismo e abuso do mercado, com homens humilhando mulheres e ela, de certa forma, participando. Quando descobre que o esforço foi inútil – há uma reviravolta que já menciono – ela se desespera. O arco dela será interessante acompanhar. Stella tem se envolvido mais com a equipe, tem mais empatia que Cory e embora seja implacável como executiva, está sentindo mais o jogo.

Estranhamente Bradley (Reese Witherspoon) anda apagada até agora. Aparentemente todos acham ela uma mala, meio que a toleram, mas não está presente na vida de ninguém em especial. O segredo de sua relação com Cory ainda não veio à tona, mas os dois meio que andam em ovos quando estão juntos, não vai demorar para alguém entender o que está acontecendo. Será o pior dos perigos para ele, perder tudo por uma relação imprópria com uma funcionária e um talento que ele fez crescer dentro da empresa. Isso vai voltar para assombrá-lo.

Cory tem tantos problemas que estou quase com pena. Por três temporadas tem sido visto como oportunista, calculista e ambicioso. Mas seu arqui inimigo, Fred Micklen, reaparece para avisar que foi convidado a prestar consultoria sobre o empréstimo que Cory acabou de garantir, o que significa se ele seguir em frente, teria que trabalhar para Fred novamente, criando um pesadelo pessoal e de relações públicas. Quem salva o dia? Alex Levy (Jennifer Aniston).

No Upfront da UBA, um pouco mais cedo, Alex questiona Cory por que seu programa não está no trailer de venda e descobre que por questões financeiras pode ser que nem seja possível exibi-lo. Ela não tinha acompanhado que a venda da emissora para Paul Marks (Jon Hamm) tinha micado e Cory comenta que em parte o fato de Alex ter desprezado o bilionário não ajudou. Culpada, ou interessada em garantir seu futuro, está um pouco incerto, Alex decide abordar Paul pessoalmente. Em uma improvável e apenas para TV, o homem mais rico do mundo e a apresentadora do jornal mais conhecido da América passam uma tarde idílica no parque de diversões em Coney Island, falando do passado e outros segredos pessoais. Há um climão obvio entre eles e quando Paul testemunha o assédio ao qual a jornalista já está acostumada – um homem descontente a acusa de ter causado a morte de Mitch – algo muda. Ele já estava interessado e agora, como sabemos, topa ir com ela até os Hamptons para conversar com Cory. Como as cadeiras mudam em tão pouco tempo!

E vale citar nossa fluente em russo, Mia (Karen Pitmann) que coloca seu namorado e fotógrafo de guerra, André Ford (Clive Standen) em risco porque ouviu Stella na briga pela audiência. Fãs de Vikings reconheceram Rollo, e é tão bom revê-lo que esperamos que tenha escapado com vida da missão suicida. Desconfio que Stella e Mia estarão em rota de colisão em pouco tempo.


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