Loki está de volta! Será que agora nos ajuda a resolver os multiversos?

Como publicado no Correio do Estado

Por muitos anos a Marvel me fez sentir inteligente por conectar tantas histórias e universos diferentes, fossem em filmes onde o herói trabalhava sozinho ou em grupo, como os Vingadores. Mesmo crescendo em informação e dificuldade, era fácil acompanhar. Aí veio Loki, com o vilão popular e sempre elusivo para bagunçar nosso coreto.É que Loki, o irmão de Thor, usou o Tseract para fugir dos Vingadores, foi parar em um universo onde depois de muita confusão abriu multiversos que bagunçaram a linha do tempo – e a compreensão de reles mortais como eu. A complexidade de acompanhar os filmes, as séries e as notícias dessa fase dos heróis da Marvel é claramente para quem tem QI maior do que o meu. Mas tento!

Tirando esses “detalhes” do caminho, estou comemorando a volta de Loki. Ao lado de WandaVision, a série mudou muita coisa de narrativa, amarrou temas profundos no universo dos super heróis e terá sempre nosso carinho em tempos tão angustiantes. Nem bem nos despedimos de Star Wars com Ahsoka, e a Disney já nos prende de novo em sua plataforma, com episódios inéditos toda quinta-feira à noite. São poucos, só chegaremos até o início de novembro, mas ainda assim, é ótimo. O primeiro episódio da segunda temporada veio com bastante informação, reviravoltas e uma ajuda para nos lembrar dos grandes momentos.

O peso do sucesso de Loki está gerando expectativas ainda maiores depois que nem o terceiro filme do Homem-Formiga convenceu críticos e espectadores casuais, ou quebrou recordes de bilheterias globais. Mesmo melhor, Guardiões da Galáxia Vol. 3 também não alcançou o esperado. Eu adorei Invasão Secreta, mas há quem considere um dos piores do Universo Cinematográfico da Marvel. Ainda não falamos de Dr. Estranho no Multiverso da Loucura que foi mais sequência de WandaVision como Homem-Formiga é de Loki, mas deu para entender. Em apenas dois anos, de promissor como piloto do grande plano da MCU para a Saga Multiverso, a série agora tem que salvar a franquia (em parte). Pode ser que consiga!


Para resgatar, na primeira temporada, uma das variantes de Kang (Jonathan Majors) foi morto nas mãos de Sylvie (Sophia Di Martino), ela uma variante de Loki. Antes de morrer, “Kang” explicou por que ele teve que manter uma “Linha do Tempo Sagrada”, mas não convenceu Sylvie a poupá-lo. Loki (Tom Hiddleston) foi jogado em um tempo que logo percebe ser outra linha, pois o tempo foi ramificado e criou o “multiverso”. As linhas do tempo podem interagir entre si novamente e teremos uma Guerra Multiversal mais à frente. Nessa segunda temporada, Loki quer localizar Sylvie, mas ninguém o conhece, ou acredita nele e é bem difícil parar de pular involuntariamente entre o passado e o presente.  



O presente ‘atual’ nos confunde porque há personagens novos, há um retrocesso na história e muita correria. E sim, nos emociona também. Há quem reclame de tanta explicação da mecânica das coisas sem avançar na história em si, mas é preciso. Afinal, ao ter que convencer Mobius (Owen Wilson) do que está acontecendo, Loki nos traduz também as regras. A entrada de Ouroboros (Ke Huy Quan), um trabalhador tagarela e alegre, é uma das novidades da história, sem quebrar a química perfeita de Wilson e Hiddleston. 

A parte chata da atual fase da Marvel, que a diferencia das anteriores, é que para acompanhar todos os filmes, é preciso ver as séries e vice-versa. Sendo assim, a boa notícia é que pelo menos Loki é divertida e chegou em boa hora para nos dar opção nas plataformas. Vamos seguir acompanhando!


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