(Tentar) Quebrar a Roda do Tempo é uma batalha épica emocionante

Há uma liberdade imensa assistir a uma série sem estar “presa” ao conhecimento de livros ou personagens porque te libera para apreciar o que está sendo oferecido sem julgamentos ou expectativas. O que se aplica ainda mais à Roda do Tempo, cujo intricado universo, detalhado em nada menos do que 14 livros, divide os que estão apreciando a adaptação na Amazon Prime Video. Pelo menos todos concordam que a segunda temporada superou a primeira e entregou uma conclusão que valeu acompanhar a história.

O plano simples de Ishamael (Fares Fares) de “quebrar a roda” (um eco tão forte de Daenerys Targaryen!) parecia infalível, mas como a história deve seguir, há falhas até na estratégia até agora perfeita do lado obscuro. Ele, que perdeu a fé e não entende o ponto de reviver tudo sem fim (temos que concordar que ele tem um ótimo argumento), quer destruir tudo. E seu desejo não é de agora, há 3 mil anos ele foi derrotado por Lews Therin, hoje, Rand al’Thor, o Dragão Renascido. É o que a Roda do Tempo nos mostra no episódio final da 2ª temporada.

Depois de ter tido uma estreia cheia de potencial, a série tem se estabelecido como uma ótima fonte de fantasia, melhor do que outras da mesma plataforma (já falei isso antes). Os figurinos são estontantes, os efeitos razoáveis “para TV” e embarcamos na mágica, na emoção, nas surpresas de um conteúdo não linear e detalhista. Fãs consideraram o episódio final como épico, eu achei que é um ótimo potencial.

Nossos jovens heróis, tão amigos e forçados a descobrir cada um seu destino, passaram boa parte do tempo separados, era obvio que o reencontro seria poderoso. E foi. O caminho foi sofrido, onde mostraram resiliência, protagonismo e poder contra forças claramente superiores. Nem todas as pontas soltas foram amarradas, há muito perigo mesmo com as derrotas de Ishamael, Turak, Suroth e Renna.

Agora que O Dragão Renascido é oficialmente “apresentado”, podemos celebrar a reconciliação de Moraine e Lan, se preocupar com os traumas que certamente ficarão em Egwene e a dor de Perrin, assim como o certo romance entre Elayne e Rand. Mat também superou o que parecia ser seu triste destino, portanto estou ansiosa pelo que ainda vem, porque a Grande Guerra está apenas começando.

Portanto, quando nos reencontrarmos em algum momento de 2025 (ainda há a greve de atores para acabar!), veremos como as forças irão se organizar. A supresa de Lanfear de descobrir que Ishamael liberou outros Forsaken antes de sua morte sinaliza que ainda há muito (pior) por vir. Ainda mais que Moghedien (Laia Costa) é bem mais forte do que a própria Lanfear.

Fazer fantasia na TV é bem mais desafiador do que no cinema pois pode rapidamente cair na armadilha do tosco. A Roda do Tempo já está em outro patamar, superando o desafio da estreia e superando a narrativa na continauação. Explosiva e inesperada. Como todos asseguram: está no clube dos obrigatórios.


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