Estou sofrendo da síndrome Agnes Van Rhijn (Christine Baranski): acho que todo mundo que aparece tem algum segredo ou plano obscuro na manga. E porque acertei com um personagem no passado, fico usando a mesma regra para todos. Talvez tenha errado o ângulo com o Reverendo Luke Forte (Robert Sean Leonard), mas como minha irmã chamou a atenção, quem está sendo passado para trás provavelmente é Oscar Van Rhijn (Blake Ritson). Como? O que? É gente, a temporada está acelerada e não podemos perder nada! A família de Agnes passou à frente do Duque de Buckingham e dominou a parte da história que promete render ainda mais.


Em Newport, Watson salva a noite e a reputação de Bertha
Bertha (Carrie Coon) segue a todo vapor para a recepção e a hospedagem do Duque de Buckingham (Ben Lamb) e a única nada interessada é justamente Gladys (Taissa Farmiga), justamente a peça mais importante do jogo. Ela ainda se irrita com a interferência de Bertha até na escolha da roupa, e já estou começando a querer novas derrotas para que a nossa protagonista coloque os pés no chão. Larry (Harry Richardson) está afogando as mágoas no álcool e por isso é imediatamente despachado para Nova York, porque Bertha antecipa que ele vai dar vexame no jantar. Todos obedecem.


George (Morgan Spector) está com problemas mais sérios na Philadelphia, mas passa uma missão para Larry representá-lo no comitê da ponte do Brooklyn e parte para Newport, em apoio à esposa. Uma viagem providencial, nem tanto por ele mas porque faz com que Watson (Michael Cervis) chegue à tempo para atrapalhar os planos de Enid Turner-Winteron (Kelley Curran). E que planos!
Como imaginávamos, ela contrata o lacaio dos Russells, Peter Barnes (Michael Farrell) para estragar o jantar, o que ele aceita (afinal é um dinheiro extra!). Espero que tenha sido suficiente porque a missão de Peter era ajudar ao outro homem infiltrado na cozinha, um funcionário da ex-camareira que nada sutilmente estava estragando toda a comida que passava por suas mãos. Foi pego salgando a mais o primeiro prato e depois rindo com Peter que o Duque teria a sopa quente ou fria. Watson nem pisou na cozinha, pescou a ligação dos dois e salvou os Russells. Peter perdeu o emprego e não fosse uma rápida troca de Church (Jack Gilpin), a noite teria sido inesquecível.
Antes de seguir, vamos falar de Watson. O ‘segredo’ de seu passado parece ser ainda menos secreto que o passado de Turner. Ele fala tão abertamente com todos, incluindo George, que ainda não sei se a proposta de ir embora para não envergonhar a filha ainda seja válida! Em vez de valete ele deveria ser detetive. Mas, sua missão aqui foi cumprida com louvor. Ele pode voltar a ser útil porque Enid ainda não se deu por satisfeita.


No Alabama, a lua-de-mel acabou com pânico
A empolgação de Peggy (Denée Benton) na viagem ao sul rapidamente virou pesadelo quando T. Thomas Fortune (Sullivan Jones) defende uma mulher negra do ataque de dois homens brancos. Perseguidos, eles precisam fugir e se esconder antes de pegar um trem para Nova York. É apavorante mas quando Peggy confessa seu medo, Fortune tenta confortá-la com um abraço que logo vira beijo e quase vira algo a mais, se ele não tivesse parado antes que as coisas vão longe demais. Agora a noite ficou apavorante e desconfortável, duvido que um dos dois consiga dormir. E dificilmente Peggy voltará a ser a mesma pois o que enfrentou até o momento de racismo não chega aos pés do que quase aconteceu.


Os Van Rhijn em crise por causa de Ada
Ada (Cynthia Nixon) segue nervosa mas finalmente conta para Agnes que está noiva do reverendo Forte (Robert Sean Leonard) e que vão se casar dentro de uma semana. “Não preciso de um noivado longo”, ela comenta. Obviamente a reação da irmã mais velha é de ira, o que cria um cisma familiar.
A rebelde e romântica Marian (Louisa Jacobson), assim como Oscar, apoiam a tia solteirona, mas Agnes está irredutível. A pressão funciona e Ada começa a considerar “adiar” a cerimônia, sob os protestos da sobrinha e do noivo. Agnes tenta pressioná-lo a desistir, primeiro lembrando que Ada não tem dinheiro e depois confessando seu medo da solidão. Mas Luke não é como os outros e se mantém firme. Ele concede que ficará em Nova York, para que as irmãs possam se ver com frequência, mas é apenas isso. Ele ama Ada e quer casar. Agnes ainda estranha, como nós, a pressa, mas sem outro argumento insiste em boicotar a festa até que ela mesma percebe que será inútil e agressivo demais com a única pessoa que a entende, como diz. É a última a chegar, mas vai ao casamento e agora temos a Sra. Forte, uma mulher casada por amor quando a vida parecia ter outros planos para ela. E é o que sugere à Marian, que só aceite um marido pelo qual esteja apaixonada. Um conselho que claramente atrapalha os planos de Dashiell (David Furr), perfeito no papel para a jovem, mas por quem ela não suspira nem um segundo.


Um reencontro em Nova York para provocar os fãs
Os roteiristas de The Gilded Age estão claramente se espelhando na trolagem de Ted Lasso, nos fazendo gritar por Larry e Marian, mas efetivamente não fazendo nada para uni-los. Nosso Romeu e nossa Julieta são os melhores amigos, assim que Larry pisa em Nova York reencontra a vizinha, já fala que está com o coração partido e ela o lembra que o dela também esteve. Ela brinca que empataram, ele sugere que sejam “amigos no combate”, e essa sugestão não me parece romântica, mas aceito. Os dois são perfeitos, mas terão a oposição materna/familiar a um possível namoro. Como eles não são os Fortes, estão indo bem devagar…
Em Nova York, Larry descobre que o cérebro da engenharia por trás da construção da Ponte do Brooklyn não é realmente Washington Roebling como se acredita, mas sua esposa e colega arquiteta, Emily (Liz Wisan). Mais uma história real que The Gilded Age recupera com esperteza. Me parece que Larry vai esquecer sua viúva sem muitos problemas se ficar em Manhattan.


Oscar quer tanto se dar bem… será que se dará mal?
Vamos passar a considerar que a pressa do Reverendo Forte era mesmo para acabar com sua solidão depois que encontrou uma vulnerável e rapidamente apaixonada Ada, mas são tantas as artimanhas de Bertha e Turner que me parece que todo mundo tem motivação escusa de alguma maneira. E sim, me preocupo por Oscar.
Oscar está desesperadamente tentando encontrar uma noiva à altura – jovem e rica – para abafar o fato de que é gay, mas ao que me parece, TODOS já sacaram a estratégia. Seu investimento em Gladys deu errado e imediatamente passou sua atenção para Maud Beaton (Nicole Brydon Bloom) que não apenas reciprocou a atenção como parece estar mais interessada nele do que ao contrário. Ela vem pedindo ajuda à Oscar para orientá-la nos investimentos financeiros, se dizendo despreparada e insegura. No entanto, já averiguou que ele estava atrás de Gladys por conta da fortuna dela e que queria assegurar que ela não era uma mera substituta. Essa esperteza de Maud destoa de sua inabilidade para os negócios e boba ela não tem nada. O que preocupa? Oscar não apenas a acompanhou a uma estranhamente sigilosa reunião com o contador como investiu ele mesmo uma soma significativa do próprio bolso. Vê-lo rasgando um cheque no trailer do próximo episódio me faz recear por um novo erro do nosso querido Oscar. Será que não tem ninguém legal para ele?
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