O ano foi intenso para despedidas e reencontros, com muitos elogios aqui no Miscelana. Não é uma tarefa fácil, mas vamos rankear as Melhores do Ano?

1- Succession – HBO Max

A despedida da série da HBO Max foi unanime porque realmente superou as demais em interpretação, surpresas, tramas e texto. Poderia ter continuado, mas escolheu parar no auge. Agora nos resta buscar sua sucessora…

2- Ted Lasso– Apple TV Plus

Outra despedida, fãs querendo mais de Ted Lasso, a série do técnico americano que teve que salvar um time de futebol na Inglaterra virou febre mundial. Começou para nos fazer sentir bem (aparentemente), abordou assuntos densos e relevantes, com algumas frustrações ao longo do caminho. Como não reclamar por evitarem o #tedbecca? Sentiremos falta dele.

3- Only Murders in the Building – Star Plus

Sou apaixonada pela série desde sua estreia e a acho fascinante, inovadora e ousada em seu storytelling, nem tanto por ‘supresas’ e inovações visuais, mas pelos detalhes narrativos que são inteligentes, curiosos e divertidos. A terceira temporada nos manteve adivinhando até o fim, com um musical sensacional e a presença iluminada de Meryl Streep. Como não querer mais sem ser uma psicopata sabendo que para isso mais gente tem que morrer?

4- The Last of Us – HBO Max

A adaptação do jogo era um dos conteúdos mais antecipados do ano e, com isso, um dos maiores riscos para a plataforma. E que acerto! Fiel à tudo que os fãs conheciam (e esperavam), não poderia ficar de fora de um dos grandes destaques do ano.

5- Daisy Jones e os Seis – Amazon Prime Video

Outra adaptação cuja expectativa foi até superada com uma entrega impecável, tanto que a própria “biografada”, Stevie Knicks, elogiou a produção. Emocionante, correto e com uma trilha sonora inesquecível.

6- The Gilded Age – HBO Max

Minha paixão por séries de época não se desaponta com essa produção original de Julian Fellowes. Há sim um certo anacronismo, mas dentro do tolerável e um desfile de giguras e histórias verdadeiras no meio de personagens criados pelo mesmo showrunner de Downton Abbey.

7- The Morning Show – Apple TV Plus

A série custou a engrenar, temos que relembrar, mas nessa terceira temporada chutou o balde e criou reviravoltas imprevisíveis que deram energia à história, embora também tenha criado uma situação um tanto complexa para trazer algumas personagens importantes. Sabe o que significa? Que queremos que a quarta temporada chegue logo!

8- The Great – Lionsgate Plus

Minha favorita, figurinos estonteantes, trilha sonora inteligente e uma versão anacrônica de Catarina, a Grande. Atuações emocionantes de Nicholas Hoult e Elle Fanning, a série transformou uma relação tóxica em algo romântico (só quem assistiu entende o que digo) e embora tenha terminado antes do fim, foi em um momento deslubrante. Vou sentir falta!

9- The Crown – Netflix

São seis anos, seis temporadas que resgataram com emoção e precisão o longo reinado de Elizabeth II, desde seus 25 anos até seu jubileu de ouro, em 2002. O que significa que – para desespero da Família Real – 27 anos após a sua morte, Diana voltou para atormentá-los com sua popularidade e carisma. Se Emma Corrin foi premiada e perfeita como a princesa ainda jovem, Elizabeth Debicki é reencarnação dela. Faltam ainda cinco episódios, mas não há como questionar que The Crown está entre os melhores destaques de 2023.

10- Barry – HBO Max

Fechar em apenas 10 títulos foi difícil, não tenho certeza de que os que ficaram de fora não mereciam estar aqui, mas a última temporada de Barry, mesmo que com uma conclusão lógica dentro de sua constante inesperabilidade, nos deixou tensos, adivinhando e nunca, nunca, entediados. Sua narrativa inovadora, seu humor esquisito, uma série que passou à sombra de Succession, mas de igual importância. Por isso é uma das 10 melhores.

Menções honrosas

Se essas são as 10 melhores, há as menções honrosas de outros destaques em 2023.

• Ahsoka e The Mandalorian – Disney Plus

A série de Star Wars não chega a ser Andor (a melhor de todas), mas para os fãs de Star Wars Rebels foi um deleite. Sua ligação com Mandalorian foi perfeita, e se estamos aqui no campo de chipar casais… nosso Grogu ganhou uma mamãe potencial em Bo Catan. Foi divertido!

• The Wheel of Time (Amazon Prime Video), The Witcher (Netflix) e Silo (Apple TV Plus)

Se a sua praia é fantasia e ficção científica, o ano de 2023 foi rico de ofertas. The Wheel Time avançou bastante em sua temporada 2, para os que leram os livros houve algumas liberdades com a história, mas, em geral, um sucesso. The Witcher foi mais irregular, uma pena, porque foi a despedida de Henry Cavill do papel. Já Silo foi uma certa surpresa, tem mais à frente e pode ainda ser uma série importante. A primeira temporada foi ótima!

• Loki, Disney Plus

Outra despedida, menos unanime que Succession, mas merecedora de estar entre as melhores. O argumento da temporada final parecia suficiente para a metade dos episódios, mas foi a estrada da transformação final de Loki, um antagonista simpático que está entre os heróis mais populares da Marvel. Uma viagem incrível para quem acompanhou e apreciou toda jornada

• Sequestro no Ar, Apple TV Plus

A série estrelada por Idris Elba não pareceu concluir todo complô que fez do vôo KA29, entre Dubai e Londres, o mais violento, tenso, longo e imprevisível possível. Sequestro no Ar nos deixou teorizando, torcendo e de boca aberta em oito episódios que mais parecem ser apenas o piloto. Sim, os passageiros sobreviventes pousaram em Londres, mas os responsáveis estão livres. E agora?

• Physical, The Buccaneers e The After Party, Apple TV Plus

A Apple TV Plus meio que se colocou de vez em 2023 como A plataforma de conteúdos com as maiores estrelas de Hollywood. Nem citei outros sucessos como Shrinking, mas ao ter uma série que começou pesada como Physical, mas terminou positiva; uma temporada morna de um anteriormente brilhante The After Party e uma adaptação na linha de Bridgerton do clássico The Bucaneers mostra a versatilidade e como veio para brigar com os tradicionais. A ver como se mantém em 2024!

• A Maravilhos Sra. Maisel e Bad Omens, Amazon Prime Video

Embora não tenha curtido sua despedida, preciso destacar uma das primeiras séries da Amazon Prime Video a abocanhar os principais prêmios de Hollywood, transformando essa peça despretenciosa em um clássico. Midge era ácida, complexa e brilhante. Que bom que alcançou a fama!

E a volta de Bad Omens teve suas surpresas e menos risadas, mas um relacionamento que queremos que se desenvolva mais. Será que teremos continuação?

• And Just Like That, HBO Max e Special Operation Lioness, Paramount Plus

Não poderíamos citar dois conteúdos com personagens femininos fortes mais opostas que essas duas séries, mas elas se destacaram entre as mulheres. Depois de derrapar na estreia, a volta das mulheres de Sex and The City ganhou um melhor trilho, mas um que também expõe o desgaste da fórmula. Tentar acertar respondendo às críticas foi bem cansativo, mas teremos mais para ver se é mesmo hora de dar adeus à Carrie e companhia. Já a série da Paramount Plus uniu Nicole Kidman e Zoe Zaldana em uma história com inspirações reais, por hora bem conduzida, mas concluída com pressa e pontos soltos. Teremos mais? A aguardar mas vejo um bom potencial dramático e me interessaria por mais.

Concordou com as escolhas? Faltou alguma? Qual?

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