Em Slow Horses, a principal antagonista de um esperto (e nojento) Jackson Lamb (Gary Oldman), a quem ele odeia e respeita, é ninguém menos do que a ardilosa e ambiciosa Diana Taverner (Kristin Scott-Thomas). E se Lamb, com suas grosserias e esperteza não subestima “Lady Di” (o apelido que ele deu à rival, que não poderia ser mais diferente da original, Diana Spencer) quem somos nós?
Diana Taverner é um papel perfeito para Kristin, conhecida por interpretar como poucas uma esnobe britânica e que está divertida (e se divertindo) como a insuportável Diana, a vice-diretora-geral do MI5 e chefe de operações e designado “Segundo Balcão”. Ser a vice e a segunda é algo que a incomoda tremendamente e que rege todas suas decisões na série da Apple TV Plus.

Para piorar as vidas dela e de Lamb, Diana também supervisiona a Slough House onde o ‘pior’ time da MI5 é estacionado. Por conta da pronúncia em inglês, os pangarés, ou os Slow Horses, são chamados assim para ressaltar o quanto estão por baixo. O desdém de Diana só não afeta Jackson Lamb porque ele consegue se antecipar à ela em tudo, mas ela o conhece extremamente bem e o jogo de xadrez e ofensas entre eles é sempre o ponto alto de qualquer episódio.
Como todos sabem, Diana está cansada de esperar para chegar a ser número 1 e tem sua colega, Ingrid Tearney (Sophie Okonedo) como obstáculo portanto tudo que faz tem um objetivo de tirar Tearney da função, mas, até o momento, outros atrapalham seus planos. O fato de que ela é uma das mais inteligentes em um grupo de pessoas espertas a frustra tremendamente, mas ela tenta disfarçar. “O problema com Diana é que ela é a número 2 e não tem muito tempo para chegar ao número 1”, disse a atriz em uma entrevista. “A corrida começou. E ela está agora, eu não diria agarrada a qualquer coisa, mas ela está navegando muito perto do vento. Deve ser estressante ser ela. Não acho que ela durma muito bem”, riu.
Na terceira temporada, punida por um jogo político mais uma vez e de novo ligada aos erros de River Cartwright (Jack Lowden), ela está acompanhando com apurada curiosidade a dificuldade de Ingrid Tearney para se manter onde está. O problema é que Ingrid sabe exatamente o que está acontecendo e o quanto Diana está contribuindo para dificultar ainda mais as coisas para ela. O que nos rende mais tiradas precisas, e olhares de desgosto da ambiciosa vice-diretora.

Kristin, que conhece Diana Taverner como poucos – afinal dá vida à ela – tem a melhor forma para defini-la “Ela é muito desagradável”, explica acrescentando que a falta de compaixão ou empatia a exaurem, mesmo que também se divirta. Para atriz, com 62 anos, Diana Taverner também lida com o machismo e edarismo, que são dois obstáculos ainda complexos para qualquer mulher. “Ainda há muita resistência para que a mulher mais velha ainda tenha o juízo sobre ela. Enquanto os homens se tornam mais idosos, as mulheres, de alguma forma, são levadas menos a sério à medida que envelhecem,” ela avaliou. Esse preconceito afetou a atriz também, que até is 40 anos era chamada para fazer par romântico com atores de sua idade, mas que hoje é a avó ou a vilã de plantão.
Ainda na metade de história dessa terceira temporada (a quarta já é certa também), é difícil antecipar se Diana consegue tirar Ingrid de seu caminho. Sua intolerância, seu figurino impecável e sua mania de aplicar protetor labial quando diz coisas medonhas e o medo que imprime nas pessoas só promete aumentar. ”Diana está definitivamente ciente de que é assustadora. Ela sabe como aumentar o volume,” avisa Kristin Scott-Thomas.
O que mais ela pode aprontar?
Descubra mais sobre
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

2 comentários Adicione o seu