O ‘novo’ Golden Globes

Em 80 anos, o Golden Globes sempre foi uma premiação meio diferenciada em Hollywood. Organizado pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, sempre meio saco de pancadas, alvo de piadas, muitas delas para mim um tanto xenófobas e preconceituosas. NO entanto, como também ao longo dos anos acumularam escândalos de propinas e politicagem, quando a investigação do Los Angeles Times, há três anos, revelou que a organização não tinha jornalistas negros entre os membros, sendo que alguns foram acusados de fazer comentários sexistas e racistas, além e de solicitar favores de celebridades e estúdios de cinema, meio que foi a gota d’água. Suspenso, artistas como Tom Cruise devolveram os prêmios recebidos como protesto e o futuro parecia incerto.

Aí, em junho de 2023, a Eldridge Industries comprou os ativos do Globo de Ouro com Dick Clark Productions (DCP), passando a gerenciar a transmissão da premiação e transformando o Golden Globes em um empreendimento com fins lucrativos. Em 2024, são 300 jornalistas de 75 países que elegem os vencedores, agora com 60% de diversidade racial e étnica divulgados. Isso mesmo, é o “novo” Golden Globes, abrindo a temporada de premiação em um cenário “normal”, sem máscaras ou distanciamentos. A expectativa é grande.

A 81ª edição do prêmio acontece no domingo, 7 de janeiro.

Já dando a cara nova, o anfitrião é o comediante stand-up americano de origem filipina, Jo Koy, estreando em eventos desse porte. Outra novidade são duas novas categorias que incluem Melhor Performance de Comédia stand-up na TV e Conquistas Cinematográficas e de Bilheteria. Essa última é interessante pois pode reforçar o favorito para Melhor Filme de forma unificada, pois o Golden Globes separa Comédia/Musical de Drama. Ou o vencedor pode ir ‘contra’ o mais popular por “Conquista Cinematográfica” nem sempre é “Conquista de Bilheteria”. Concorda?

Fora isso, a lista de indicados só não é óbvia ainda porque o Golden Globes é o primeiro, então guarda o frescor dos discursos e destaques nos tapetes vermelhos. Até o momento que chegar o Oscar estaremos cansados de vermos os mesmos rostos e ouvirmos os mesmos agradecimentos, garanto! Mas vale conferir os palpites e reconhecer que não falta inclusão na festa: duas diretoras mulheres indicadas, etnias incluídas e com chances de ganhar e assim por diante. São 27 artistas indicados pela primeira vez, uma resposta clara à qualquer dúvida.

Dito isso, dificilmente teremos azarões. É noite de Barbie, de Succession, mas de provável história com a vitória anunciada da nativa americana Lily Gladstone, a atual favorita para ganhar o prêmio de Melhor atriz de drama por seu papel em Killers of the Flower Moon e Bradley Cooper se mantém como favorito para ganhar o prêmio de melhor ator de filme de drama por seu papel como Leonard Bernstein em Maestro, que também dirigiu. Ninguém duvida que na categoria comédia Emma Stone leve o Golden Globes por Poor Things, mas parece que Paul Giamatti lidera a disputa de melhor ator de filme de comédia/musical por The Holdovers.

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