Até o sobrenatural é real: os casos verdadeiros de True Detective

Muito se fala das referências sobrenaturais de True Detective, em especial True Detective Night Country, cujo ‘fantasma’ do pai de Rust Cohle foi essencial para a localização dos corpos dos cientistas desaparecidos (e o trailer que dá o spoiler de uma ‘night walker’). No entanto, há nada menos do que três fatos reais que Issa López usou para criar sua trama em Ennis, Alasca. VOcê conhece?

O assassinato de Annie Le… ou K?

Como vimos, a treta entre Navarro (Kali Reis) e Danvers (Jodie Foster) começou anos antes, quando uma ativista local – Anne K – foi brutalmente assassinada. O culpado escapou e as duas detetives divergiram sobre o que e como aconteceu com a jovem. Com o desaparecimento dos cientistas, elas viram que há uma conexão. Anne namorada um dos homens do Laboratório Tsalal, curiosamente chamado de Raymond Clark. E veremos a falta de sutileza.

Os assassinatos de jovens índias locais é pauta de muitas matérias, documentários e filmes que se passam no Alasca, mas a Anne que inspirou a showrunner estava a quilômetros do local. Issa tomou como base. o assassinato da estudante de Yale, Annie Marie Thu Le, que aconteceu em 2009. Annie foi morta enquanto trabalhava no campus da universidade em Connecticut. Annie tinha apenas 24 anos e estava concluindo seu doutorado no Departamento de Farmacologia da Escola de Medicina de Yale quando foi vista pela última vez com vida . Em apenas 5 dias ia se casar, mas foi encontrada morta dentro do prédio.

O que confundiu a polícia na época é porque ela primeiro ficou desaparecida e as imagens mostravam ela entrando no prédio, mas nunca saindo. No entando, ela tinha deixado bolsa, celular, cartões de crédito e dinheiro em seu escritório no laboratório e ninguém a encontrava: dentro ou fora da universidade. Roupas ensanguentadas já haviam sido encontradas acima do teto do prédio, que é monitorado por cerca de 75 câmeras de segurança, mas nem sinal de Annie ou de quem a matou. No domingo, 13 de setembro, as autoridades descobriram o corpo dela dentro da parede de um laboratório no porão onde os animais que são usados para experimentos e pesquisas são abrigados. Como era impossível entrar e sair sem o cartão de identificação, os suspeitos tinham que ser alunos, funcionários ou professores.

Annie foi estrangulada e dias depois a polícia prendeu o técnico de laboratório Raymond J. Clark III, que admitiu a culpa e foi condenado a 44 anos de prisão.

Na série, Anne K não é uma aluna de uma escola Ivy League e foi esfaqueada 32 vezes, com sua língua sendo cortada. Acabamos de descobrir que ela namorava o cientista Raymond Clark, que stá desaparecido. Coincidência?

Alpinistas russos assustados e congelados

Os cientistas de Tsalal foram encontrados nus, apavorados, congelados e amontoados longe do laboratório. A pista do que os teria feito fugir pode estar no caso real de 1959 conhecido como “Passo Dyatlov” no qual nove trekkers soviéticos morreram no norte dos Montes Urais em circunstâncias ainda incertas.

O grupo era experiente e liderado por Igor Dyatlov, tendo acampado nas encostas orientais de Kholat Syakhl. Durante a noite, algo fez com que eles saíssem da barraca e fugissem do acampamento, vestidos inadequadamente para a forte nevasca e as temperaturas abaixo de zero. Os corpos foram descobertos congelados e não ajudaram a elucidar o mistério. Seis morreram de hipotermia, três por trauma físico, sendo quem um deles com grandes danos no crânio, e dois tiveram trauma torácico grave, com um quarto com pequena rachadura no crânio também.

A posição dos corpos também confundiu as autoridades soviéticas: quatro corpos foram encontrados deitados em água corrente em um riacho, sendo que três deles com tecidos danificados, sem olhos, um estava sem a língua e outro não tinha sobrancelhas. Apenas em 2019 que uma nova investigação passou a considerar que uma avalanche os levou a deixar o acampamento e com isso morreram de hipotermia. Ainda há quem duvide da conclusão.

Desaparecimento em alto mar

Em 1872 a embarcação Mary Celeste foi encontrada à deriva e abandonado no Oceano Atlântico, próximo às ilhas dos Açores. Ela estava em condições de navegar, abastecida, com vela parcial, mas sem o barco salva-vidas ou a tripulação. Todos os pertences estavam intactos, mas não havia alma para explicar o que houve. A última entrada no diário de bordo datava de dez dias antes do navio ser encontrado e não mencionava nada de estranho.

As autoridade passaram a considerar várias possibilidades de crime, de motim a ataque pirata ou até mesmo fraude. Nenhuma delas foi comprovada e assim as teorias bizarras tomaram lugar: foi uma tempestade, foram trombas d’água, ataque de uma lula gigante ou até mesmo algo sobrenatural? Ninguém sabe.

Com essas informações, será que conseguimos decifrar o que aconteceu com os cientistas de True Detective? A pista está na frase “ela foi acordada”.


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