A poucos episódios da conclusão da curta temporada de True Detective Night Country – são apenas seis episódios – a onda de terror está mais presente e no coração de tudo está, de alguma forma, a detetive Evangeline Navarro (Kali Reis).

Ela é quem não sossega sobre o assassinato da ativista Annie K., arquivado há seis anos sem identificar os culpados, convive com o pânico da irmã que tem algum problema sério de saúde mental e de quebra, sabemos que nunca descobriu quem assassinou sua mãe. Para piorar, Navarro tem que trabalhar diretamente com a pessoa que menos gosta no mundo, Liz Danvers (Jodie Foster).
A atriz Jodie Foster pode ser o nome mais conhecido do elenco, mas me todas as entrevistas repete para quem quer ouvir e prestar atenção que essa temporada a história é sobre Navarro. Portanto ainda teremos muitas surpresas com o papel de Kali Reis, a boxer profissional e atriz, estreando na TV ao lado de nomes de peso como o de sua coestrela, Jodie. Está segundo mais do que bem todas as cenas.
Quando o elenco e a diretora estiveram no Brasil para o lançamento da série, conversaram com jornalistas na CCXP São Paulo. Já compartilhamos o que que a diretora Issa López e a atriz Jodie Foster mencionaram sobre True Detective. Agora é a vez de Kali!

MISCELANA: Pelo que vimos até agora, esta nova temporada parece ter um suspense pesado, até com elementos de terror. Como foi para você fazer parte da produção do seu terceiro projeto audiovisual?
KALI: Foi uma experiência incrível e que melhor maneira de entrar nesta indústria incrível do que ter essas mulheres incríveis liderando e aprendendo com elas? Além disso, você sabe, eu estava roubando do cérebro de Jodie [risos]. Tipo, o que eles querem dizer quando dizem isso? Foi uma experiência tão confortável e incrível, especialmente para um projeto tão grande e algo em que estou me lançando em um gênero tão pesado e cheio de camadas.
MISCELANA: E uma história complexa cheia de segredos!
KALI: Foi difícil, mas foi uma história da qual fiquei muito satisfeita e honrada de contar, ou até mesmo apenas trabalhar com ela. Quer dizer, Issa [López, que também é a showrunner] criou uma história que, você sabe, cada palavra saltou da página. Sou muito visual, então pude ver o que ela estava vendo, mas na verdade não vi mesmo até estar na sala com ela, trabalhando nas cenas e discutindo os detalhes. Ela teve tanto cuidado: desde os personagens até o cenário e principalmente com a cultura onde se baseia tudo. Estou muito animada para compartilhar com o mundo e continuar a aprender mais.
MISLCELANA: Sabemos que True Detective tem a tendência de apresentar protagonistas diferentes que na maioria das vezes não se dão bem. Como Danvers e Evangeline Navarro agirão nesse sentido?
KALI: Mantivemos essa dinâmica. Elas se odeiam mesmo, mas acho que se odeiam porque se entendem muito bem. Diria que se amam! E há aquele outro aspecto no qual elas não têm ideia de quem é exatamente a outra pessoa, então ficam intrigadas em descobrir, mesmo que se odeiem. Adoro o aspecto delas trabalharem tão bem juntas. Danvers sabe como apertar os botões de Navarro, e eles trazem à tona certos elementos uma da outra que normalmente não mostrariam às pessoas. Você sabe o que eu quero dizer? Tipo, assim: Danvers é uma idiota e Navarro é uma durona com um grande coração. Mas, mesmo no caso de Danvers ser uma idiota, você vê o coração dela porque, tipo, ela vai ficar ofendida, mas é tão interessante, é apenas esse equilíbrio de uma dança.

MISCELANA: O que realmente constitui o universo de True Detective e o sucesso que faz?
KALI: Eu acho que a razão é que sempre há muitos personagens que são identificáveis e sentimentos universais. Você conhece essas emoções, esses sentimentos que ficar obcecado e atraído por uma boa história. E nessa temporada, como nas outras, há partes felizes, partes tristes, partes raivosas. E há também a nossa relação com a natureza e as ramificações do contato humano com a natureza. De novo, universal.
MISCELANA: E gravar no frio?
KALI: Estou com trajes tão autênticos, que foram feitos pelo povo do Alasca para os soldados, até as botas e os chapéus. Tudo tão detalhado que não quero ser a personagem maluca que não liga para o frio. [risos] Meu personagem se preocupa com o frio e pegamos dias tipo 15 abaixo de zero. Estav mesmo frio! [risos]
Ninguém duvida!

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