Já revisitamos as Melhores Atrizes dos últimos 10 anos do Oscar, já falamos dos apresentadores da festa, e, com isso, voltamos às perguntas usuais a cada cerimônia? Quem ganhou mais? Blá blá blá
Vamos voltar às atrizes. Katherine Hepburn mantém seu recorde, com 4 Oscars como Atriz (principal). Vamos lembrar alguns números.

Em 96 anos, 12 venceram “somente” Melhor Atriz
Katharine Hepburn
Se a pergunta é quem é a estrela que ganhou mais Oscars de Melhor Atriz em 96 anos o nome de Katherine Hepburn é imbatível. Foram nada menos do que QUATRO Oscars na principal categoria e 12 indicações.
O primeiro foi em 1933, por Manhã de Glória (Morning Glory) depois dois seguindos em 1967 e 1968, Adivinhe Quem Vem Para Jantar e Leão no Inverno, sendo que o último foi em 1982, por Um Lago Dourado. Referência de originalidade, profissionalismo e talento, Hepburn é ainda hoje uma lenda. Detalhe: ela só foi à uma única cerimônia, nenhuma das quais ela estava indicada, apenas quando foi homenagear um amigo com o Irving Thalberg Award.

Jane Fonda
A ativista e “nepo baby” Jane Fonda tem mais Oscars do que seu icônico e adorado pai, Henry Fonda. O primeiro foi por Klute, em 1971 e o segundo por Voltando para casa‘, em 1978. Ela soma – incluindo as vitórias – sete indicações.
Elizabeth Taylor
A lendária estrela está à frente de muitas atrizes no número de prêmios, nada menos do que dois como Melhor Atriz. Um por Butterfield 8, em 1960 e outro por Quem tem medo de Virginia Woolf?, em 1966.
Tendo começado sua carreira ainda criança, na década de 1940s, a longevidade de Liz Taylor é incomparável. Ela recebeu ainda o Prêmio Humanitário Jean Hersholt da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas por sua contribuição para causas humanitárias, em especial, a AIDS.


Frances McDormand
São 3 Oscars de Melhor Atriz, entre 1996, por Fargo, 2018 por Três Anúncios Para um Crime e em 2021, por Nomandland e um de produtora. Ela fica atrás de Katherine Hepburn e por apenas um único Oscar.
Frances McDormand estreou no cinema em 1984 e fez nome no cinema independente. Foi indicada sete vezes. É sem dúvida, uma das maiores.
Jodie Foster
Mais uma vez entre as indicadas em 2024, sem muitas chances e na categoria de coadjuvante, Jodie Foster tem dois Oscars de Melhor Atriz. O primeiro, de 1988, por Os Acusados em uma atuação dolorida e marcante, e, o segundo, não muito tempo depois, em 1992, por O Silêncio dos Inocentes.


Olivia de Havilland
Para muitas gerações Olivia ficou mais conhecida como a doce Melanie Wilkes de E O Vento Levou, o papel coadjuvante que rendeu a ela mais uma indicação ao Oscar (perdeu para sua colega de elenco, Hattie McDaniel). No entanto, Olivia, que viveu 104 anos e foi indicada 5 vezes, ganhou nada menos do que dois Oscars de Melhor Atriz. O primeiro foi em 1947 por Só Resta Uma Lágrima (To Each his Own) e em 1950 por A Herdeira (The Heiress).
Vivien Leigh
Vivien tinha apenas 25 anos quando estrelou E o Vento Levou e, embora já tivesse uma carreira na Inglaterra, entrou para a eternidade como Scarlett O’Hara, um papel que lhe deu um Oscar de Melhor Atriz logo na sua estreia nos Estados Unidos, em 1939.
Em vez de ficar e assumir seu estrelado, influenciada pelo enciumado marido, Laurence Olivier que não apenas não ganhou o Oscar como não fazia sucesso no cinema, ela voltou para os palcos de Londres e fez filmes menores. Ainda assim, em 1951 entregou outra atuação antológica como Blanche DuBois em Um Bonde Chamado Desejo. Outro Oscar e outra atuação inigualável. Ah, e sim, Laurence Olivier passou a aprovar Hollywood quando ele ganhou seu único Oscar em 1948, por Hamlet. Mas no final das contas o desempate manteve Vivien com uma estatueta a mais que ele.


Bette Davis
Em vida Bette Davis era lendária e considerada a melhor entre as melhores. De temperamento irascível como seu talento, perseguiu o Oscar – que aliás só ganhou esse nome depois dela, que achava a estatueta a cara do marido dela – e ganhou duas vezes. A primeira em 1935 por Escravos do Desejo (Dangerous) e a segunda em 1938, por Jezebel. Deveria ter ganhado outras vezes, mas Hollywood é assim. Por outro lado, está como uma das mais indicadas (10 vezes), ficando atrás de Katherine Hepburn (12) e Meryl Streep (21).
Hillary Swank
Eu considero Hillary Swank um fenômeno. Ela foi indicada ao Oscar apenas duas vezes, as duas como Melhor Atriz e nas duas vezes saiu vencedora. Apenas Vivien Leigh e Louise Rainer tinham alcançado o mesmo feito, Louise ainda nos anos 1930s e Vivien entre 1939 e 1951. Ou seja, de respeito. Em ambos os filmes Hillary tem uma atuação incrível. Era de se esperar que sua carreira fosse ser lendária, mas é quase o contrário.
Quando ganhou por Garotos Não Choram, em 1999, vinha de papeis menores na TV e uma má sucedida tentativa de estrelar a versão feminina de Karate Kid. Apenas seis anos depois, dirigida por Clint Eastwood, fez o mundo chorar por Menina de Ouro, mas, desde então, não brilhou no cinema. A questão é, se voltar a ser indicada será que ganha?
Glenda Jackson
A atriz britânica que faleceu há pouco tempo e deixou o cinema por alguns anos pela política, brilhava nos palcos londrinos e levava uma vida discreta. Foi indicada 4 vezes, ganhou duas: Mulheres Apaixonadas, em 1970 e depois por Um Toque de Classe, em 1973.


Sally Field
Sally Field era uma estrela de TV que ninguém acreditava esconder uma das melhores atrizes de sua geração. Em 1979, como a grevista Norma Rae levou seu primeiro Oscar. O segundo, que rendeu o meme do “vocês realmente me amam” foi em 1983, por Lugares no Coração. Foi indicada mais duas vezes (quatro no total), mas parou nas duas estatuetas.
Louise Rainer
Taí um nome que não gera reconhecimento imediato nas gerações mais novas, mas Louise não apenas foi eleita a Melhor Atriz duas vezes como ganhou duas vezes seguidas. Apenas Tom Hanks e Katherine Hepburn repetiram o feito. A atriz ganhou em 1936 por Ziegfeld, o Criado de Estrelas (The Great Ziegfeld) e em 1937 por Terra dos Deuses (Good on Earth).


Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante
É muito comum que aconteça das duas formas: uma atriz em ascensão ganhe um Oscar como coadjuvante e em seguida, com o prêmio, passe a ser considerada um nome forte para liderar o elenco, alguns anos depois, sendo reconhecida na “categoria principal”. Ou ao contrário, uma grande atriz ignorada pelo Oscar por muitos anos, mais velha, seja reconhecida por sua atuação. Também tem o caso de ter sido ambos os exemplos e voltar a ganhar como coadjuvante. São nomes de peso que comprovam a regra!
Meryl Streep
Na história do Oscar ninguém foi mais indicada – como principal ou coadjuvante – como Meryl. São 21 indicações. Era de se esperar pelo respeito e superioridade de seu trabalho que tivesse levado mais da metade dessas vezes, tipo umas 15 ou 16, para que houvesse justiça. Mas não. Meryl Streep tem 3 Oscars: dois de Melhor Atriz (A Escolha de Sofia, em 1982 e Dama de Ferro, em 2011) e um de Melhor Atriz Coadjuvante por Kramer Versus Kramer, em 1979. Ainda há tempo e talento para mais.

Cate Blanchett
Todos amam Cate Blanchett e por mim, das oito indicações até hoje ela teria levado 4, mas por hora ela tem 2 Oscars: um de coadjuvante, interpretando Katherine Hepburn em O Aviador, em 2005, e outra em 2014 por Blue Jasmine.
Maggie Smith
O respeito por Maggie Smith é muito anterior ao seu papel antológico na série Downton Abbey. Saída dos teatros londrinos onde interpretava Shakespeare ganhou o Oscar de Melhor Atriz em 1969 por A Primavera de uma Solteirona (The Prime of Miss Jean Brodie) e em 1978 como coadjuvante em Suíte Califórnia.


Ingrid Bergman
Notavelmente uma das maiores atrizes de seu tempo, Ingrid Bergman tem 3 Oscars em sua filmografia: À Meia Luz (Gaslight), de 1944, Anastasia, de 1956, ambos como Melhor Atriz e como Coadjuvante por Assassinato no Expresso Oriente, de 1974. O segundo Oscar, 30 anos depois do primeiro, foi agraciado para uma participação de meros minutos no filme, mas quase um pedido de desculpas de Hollywood depois de exilá-la quando deixou o marido e a filha para viver um grande amor com o diretor Roberto Rosselinni. Coisas de Hollywood…

Renée Zellweger
Renée foi uma atriz de grande popularidade até que passou a ser mais estrita em suas aparições. Foi indicada 4 vezes no total, ganhou duas. A primeira em


Jessica Lange
Tendo estreado no cinema na tosca refilmagem de King Kong, em 1976, Jessica Lange levou um tempo para ser levada a sério. No mesmo ano em que foi indicada como Melhor Atriz por Frances, também foi indicada por Tootsie como coadjuvante, levando esse meio como “consolação” em 1982. Em 1994 voltou a ganhar por Céu Azul (Blue Sky).
2004 como coadjuvante em Cold Mountain e a segunda em plena pandemia, na biografia sobre Judy Garland em Judy, em 2020.
Helen Hays
Ironicamente mesmo fazendo parte de um seleto grupo de duplas vencedoras, Helen Hays não tem um reconhecimento imediato hoje em dia. Seu primeiro Oscar foi em 1931 por O Pecado de Madelon Claudet, como Melhor Atriz. O segundo veio nada menos do que 39 anos depois, como coadjuvante, no drama Aeroporto, de 1970.


Shelley Winters
A atriz Shelley Winters ganhou dois Oscars como Atriz Coadjuvante. O primeiro no drama O Diário de Anne Frank, em 1955 e o segundo 10 anos depois, por Quando Só o Coração Vê (A Patch of Blue). No total teve quatro indicações, sendo a última pelo dramalhão tragédia O Destino de Poseidon, em 1973.
Dianne Wiest
Dianne Wiest tem uma curiosidade a mais pelos seus dois Oscars de Melhor Atriz Coadjuvante: ambos foram em filmes de Woody Allen. O primeiro em 1980, com Hannah e Suas Irmãs e o segundo Tiros Sobre a Broadway, em 1994.
E agora?
Diante de todas as indicadas em 2024 é apenas Emma Stone que pode fazer história no 96º Oscar: indicada pela quarta vez em 10 anos, ela já levou o de Melhor Atriz em 2018, por La La Land. Sua atuação em Pobres Criaturas a faz forte candidada entrar no seleto grupo de mais de um Oscar. Ainda mais que se não for esse ano, tenho certeza que o próximo pode ser pois já estão falando de seu novo filme. Mas isso é para outro post!
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