O “problema” de D&D pós Game of Thrones

Se estamos falando do bullying cibernético com a Princesa Catherine (Kate Middleton), nada chegar perto do que os showrunners Dan Weiss e David Bennioff ainda enfrentam nas redes sociais. Os famosos D&D estiveram à frente da adaptação de Game of Thrones para TV e foram de gênios aos mais execrados das redes sociais, algo de um ódio assustador de fãs indignados com a conclusão da série.

Esse mesmo público ansiava e temia pelo próximo projeto da dupla (trabalharam separadamente em alguns trabalhos), mais ainda porque deixaram a HBO (hoje MAX) pela concorrente Netflix. A espera acabou em 2024, com mais uma adaptação literária da dupla que adora um tema fantasia. A escolha não deixa de ser ousada, foram logo para o complicado romance O Problema dos Três Corpos, que, igualmente como GOT tem um público nichado e apaixonado. Não se pode questionar a paixão de D&D de flertar com os agressivos.

Vamos ao que interessa: se você não leu o livro, vai achar a série ótima, com algumas falhas, mas, ainda assim, inteligente e envolvente. Se é leitor, obviamente será mais crítico. O Podcast Estúdio Pow! vai se dedicar à série com um especialista que já mencionou “problemas”. Essa não é uma crítica reclamona, vou avisando.

O Problema dos Três Corpos é uma história do autor chinês de ficção científica Liu Cixin, que forma uma trilogia pubicada em 2006 e que navega entre passado, presente e futuro fictícios no qual a Terra lida com o encontro com uma civilização alienígena de um sistema próximo de três estrelas semelhantes ao Sol. Tão densa e complexa como Game of Thrones, mas D&D são craques em lidar com isso.

Há um filme chinês de 2015 e uma série, lançada no início de 2023, com sucesso de crítica local mas ainda sem ter circulado no exterior. A versão da Netflix traz rostos conhecidos dos fãs de GOT e, para padrão Netflix, os efeitos são ok. Nada que se aproxime dos cinemas que são MAX ou Apple TV, no entanto.

O que os reativos gritaram logo foi o fato de que as escolhas adaptativas foram “ousadas”, como excessivas, o que é certamente preciosismo. O gancho final nos deixa querendo ver mais e essa era a meta porque ainda é cedo para determinar se O Problema dos Três Corpos realmente é boa. É seguro que tenham a segunda temporada, embora não tenha sido oficializada.

Na narrativa não linear – que aqui faz sentido – acompanhamos como alguns dos cientistas mais inteligentes de sua época acabam virando prováveis canais para a sobrevivência da humanidade que não sabe mas está para ser invadida pelos extraterrestres trissolarianos, que não são amigáveis, claro.

Enquanto no romance, o principal protagonista é Wang Miao, um professor de nanotecnologia que é relutantemente recrutado pela polícia para ajudá-los a investigar os vários suicídios de um grupo de cientistas, alguns dos quais ele conhecia pessoalmente. Ele logo começa a ver números piscando diante de seus olhos, uma contagem regressiva que leva a algo que ele não tem ideia. À medida que a visão corrói seu estado mental e o distancia de sua família, ele descobre um estranho videogame envolvente que muitos dos cientistas jogaram antes de morrer. No Problema dos Três Corpos, os jogadores têm a tarefa de resolver o mistério de um estranho planeta alienígena que está constantemente à beira da destruição. Nem desconfiam, ou descobrem tardiamente, que não é bem um jogo.

O que os fãs tiveram que aceitar é que o professor é dividido em cinco personagens: o quinteto de ex-alunos de física unidos depois que sua professora morre por suicídio: Augie (Eiza González), Saul (Jovan Adepo), Jin (Jess Hong), Will (Alex Sharp) e Jack (John Bradley), cada um com suas caraterísticas e levando parte da trama. Augie é quem vê a contagem regressiva, mas são Jin e Jack que entram no videogame. Os outros dois ainda ficam meio satélites. Nos oito episódios a narrativa fica apoiada no primeiro livro, apresentando o conflito e nos dando dicas de como vai avançar o problema.

Há surpresas a todo lado e nos envolvemos rapidamente. O que queremos confirmar é que SIM, D&D têm em mãos a melhor oportunidade de abafar o ruído do derrape de Game of Thrones, mas honestamente, é outro tema, outro livro e outro universo. Vamos deixar cada mundo de fantasia em seu feudo, Aguardo na torcida por mais.



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