Que alívio, O Regime chegou ao fim! Nas últimas oito semanas vim sofrendo com a boca torta e exageros de Kate Winslet, os gritos e lágrimas de Matthias Schoenaerts e uma história sem sentido e muita histeria de Stephen Frears. O desperdício criativo da série que ironiza o processo político ditatorial de países conduzidos por líderes populistas e corruptos passou longe de qualquer meta que não fosse colocar a (até então perfeita) atriz em seu PIOR papel em toda carreira. Nunca pensei que fosse ver Kate Winslet errar e errar tão feio assim, especialmente cercada de grandes talentos. Não restou um.

Desde que o teaser da série foi ao ar, sem provocar medo ou risadas, vimos a atriz como a Chanceler de uma nação europeia fictícia desafiando os Estados Unidos. Hã? Ela está estranha e exagerada, mas a história vai contextualizar. E nada disso. A trama de uma histérica, mau caráter, desequilibrada líder simplesmente tinha tantas reviravoltas e pessoas de quinta ao redor dela que nem dá para resumir. Não fez diferença.
Ah, tá, queriam reproduzir com exagero como estamos vivendo o momento político mundial atual, no qual tentativas de golpes ou atentados só reforçam a popularidade de pessoas ineptas de circular em sociedade acabam sendo os condutores de países. Então vemos que a chanceler Elena Vernham (Kate Winslet) e Herbert Zubak (Matthias Schoenaerts) são forçados a fugir do palácio quando os rebeldes tomam o poder. Caçados pela resistência, sofrem mas encontram abrigo em um muito obviamente suspeito apoiador, são traídos e entregues à recém-formada Frente de Liberdade Nacional.
Essa liga é chefiada por Laskin (Danny Webb), ex-chefe do serviço de segurança de Elena, mas não pode executá-la imediatamente porque precisa garantir uma transição aparentemente pacífica. Sob ameaças e torturas, ela concorda em ajudar seus inimigos, em uma sequência na qual a mesmo exagerada Winslet dá show (finalmente, mas para nada). Nas inúmeras reviravoltas, a chanceler é resgatada por mercenários americanos, que “oferecem” um “acordo”: ela pode voltar ao poder, mas tem que garantir aos Estados Unidos condições comerciais favoráveis. Ela rapidamente aceita. O preço? Bom, para “justificar” seu último ano tão errático, o bode expiatório não será outro além de Zubak. Vamos combinar que isso nem é colocar a culpa no ombro de um inocente? Zubak realmente interferiu e ajudou a Elena a fazer TODOS os erros que levaram à sua queda.

Então, ainda no show de sequências para explorar o talento de Winslet, ela aceita e se prepara para sacrificar seu amante. Manipuladora até o último segundo, ela mal o convence que estarão fingindo aceitar o acordo para planejar seu próprio golpe futuro por dentro. Zubak segue o jogo, mas é executado em seguida.
Assim, meses depois, vemos que Elena foi reeleita, que voltou com o marido Nicky (Guillaume Gallienne) e tudo voltou ao “normal”. E nos despedimos dela agora usando a data da vitória para adorar Zubak, que está no mesmo santuário subterrâneo onde um dia guardou o corpo de seu pai abusivo. E a canção If You Leave Me Now, da banda Chicago, que foi quando Zubak se apaixonou por ela, confirma que nada mudou.
Vazio assim, gente!
O pior é saber que Kate Winslet torce pot uma segunda temporada. A conclusão de O Regime se aplica tanto para políticos para artistas, numa metáfora involuntária. Não importa quão horríveis ou egoístas tenham sido as ações da protagonista, o custo fica para o povo/consumidor. Sofri pelo constrangimento alheio tanto de Kate como de Mathias, intensos e comprometidos com uma história mal contada, mal amarrada e insupoprtável. Abaixo o Regime!
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