O terceiro álbum de Billie Eilish foi liberado hoje e as redes sociais estão todas se referindo a ele. Os tons confessionais das letras da cantora, sempre falando abertamente o que sente e pensa sem se esconder em citações cifradas fazem dela uma artista de coragem e autenticidade, mesmo que musicalmente seu estilo seja particular.

Billie e seu irmão, Finneas O’Connell são fãs de um som minimalista, que mescla Jazz, Bossa Nova e eletrônico que funciona muito bem. O som é cool, é refinado e com a voz rouca e de aparência “pequena” de Billie, fica perfeito. Hit Me Hard and Soft não decepciona.

O álbum é curto, você ouve ele completo em menos de 45 minutos e é muito mais ‘dançante’ que os anteriores, algo que Billie “precisava” para dar mais ritmo aos shows ao vivo.

A Arte de Billie Eilish é um suspiro contínuo, afinado e jamais obvio. Ela se mantém uma excelente letrista e isso é que a destaca em sua geração. Sua música claramente vai sobreviver ao tempo justamente por falar de sentimentos universais. Ela conversa com adolescentes, adultos e ‘maduros’ com a mesma eficácia, que artista consegue tamanha façanha hoje?

As dúvidas existenciais, suas curiosidades sexuais ou até mesmo sua honestidade amoroso são refrescantes em um mundo tão estudado. Ela canta sobre recriminações físicas, sobre depressão, sobre relacionamentos fracassados e fama, sempre nos lembrando que ela convive com tudo isso antes mesmo de ter sido legalmente adulta. Depois do grande impacto de Happier Than Ever, que seguiu o incrível When We All Fall Asleep, Where Do We Go?, Hit Me Hard and Soft parece fazer parte do mesmo diário pessoal da artista.

E a produção de Finneas O’Connell segue sendo o grande destaque. Ele cria um som com sutileza e detalhes ocultos, explora as nuances da voz “pequena” da irmã de forma de agigantá-la sem nos assustar. Sua mixagem, suas escolhas de arranho nos mantém adivinhando e sempre nos encanta.

Sou fã e adorei. Já curtiu?

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