Eu a-mei as duas primeiras temporadas de Hacks, que merecidamente rendeu à Jean Smart um Emmy de Melhor Atriz. No entanto, uma das coisas que apreciei foi que a história evoluiu bem para uma ótima conclusão onde havia um arco transformador em todas personagens. E aí, veio o anúncio de mais duas temporadas. Me pegou um tanto cínica quanto ao que mais teremos para ver com Deborah Vance e sua redatora, Ava (Hannah Einbinder). E ainda não estou convencida.
Deborah Vance é um papel que a talentosa Jean Smart consegue interpretar com perfeição: uma mulher narcisista, mesmo que batalhadora, que foi machucada e moldada em um mercado agressivamente machista e que a essa altura, parece estar além da redenção. Ava, a “millenial” escalada para auxiliá-la em tempos atuais, não é nada melhor. Igualmente auto-centrada, hipócrita e irritante como as jovens de sua geração, se encaixa nesse relacionamento de amor-ódio mútuo.
Ao longo das duas primeiras etapas da história, houve o ajuste de ambos os lados e Deborah pareceu resgatar o público e a humanidade. Nos separamos com uma “traição” inesperada: ela “libera” Ava para seguir sozinha, mas pareceu mais uma das características da comediante que é seguir em frente descartando quem não serve mais.
Com essa dinâmica estabelecida, a terceira temporada me pareceu estar em um platô. Nada de realmente novo entre as duas protagonistas e menos ainda com os coadjuvantes. Me parte o coração dizer isso e sem conseguir mais uma vez correlacionar, o mesmo ocorreu com A Maravilhosa Sra. Maisel.
Deborah Vance tinha dois desafios: sobreviver à enorme popularidade que a afastava de realmente fazer as pessoas rirem e finalmente ser uma mulher liderando um talk show. Com o apoio confuso e irrestrito de Ava, ela parece conseguir mas a virada da temporada – de novo – é com uma traição e uma “virada”.

Ao conseguir o programa que tanto queria, Deborah Vance mente sobre a rede ter vetado Ava como redatora principal do novo programa noturno da comediante. Na verdade, ela teme que . Uma Ava traída invade a mansão de Deborah, revelando o que ela aprendeu, mas Deborah diz a Ava para confiar nela quando ela diz que a rede se importa com quem ela escolhe para escrever o programa. E Ava vira o jogo.
“Não posso dar nenhuma desculpa a eles. Este show tem que ser à prova de balas. Tem que funcionar”, explica Deborah. “Eu perdi muito para isso não acontecer.”
E Ava, aprendendo a pior lição, passa então para a posição agressora: se não terá a posição por mérito, será a redatora-chefe por chantagem. Afinal, não seria bom para Deborah se a notícia se espalhasse de que ela dormiu com o CEO da emissora pouco antes de conseguir o programa.

Eu sei que todos estão elogiando a “surpresa” de que Ava tenha adotado táticas escusas para conseguir o que ela quer, mas seria mais interessante passar logo para a próxima fase dessa dinâmica. Não me surpreendeu e agora o “drama” será as duas provarem o valor feminino no umiverso patriarcal. O problema é que não é divertido. Ou engraçado.
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