A Jovem Mulher e o Mar: A História de Trudy Ederle, Interpretada por Daisy Ridley

Como publicado em CLAUDIA

A entrevista com a atriz Daisy Ridley, para a minha coluna em CLAUDIA é sobre a biografia de Trudy Ederle, a recordista mundial de natação que é interpretada pela atriz no filme A Jovem Mulher e o Mar.

Como postei ainda em maio, a extraordinária história de Trudy é fascinante dentro e fora das águas, um exemplo de superação e resiliência. Conhecida como a Rainha das Ondas, a jovem que superou a surdez e problemas de saúde, assim como as normas sociais da época (nos repressores anos 1920s), foi a primeira mulher a atravessar o Canal da Mancha a nado e manteve o recorde de tempo da travessia por nada menos do que 35 anos.

Assim como Trudy, Daisy precisou passar meses na água treinando e encarar treinamentos duros para dar realismo ao papel, incluindo aprender a nadar em águas geladas e abertas, com todos os desafios do esporte. Ela contou com a orientação da campeã Olímpica de 2016, Sian Clifford, que a ajudou a entender melhor o que sua personagem enfrentou.

Fora das águas Trudy Ederle também foi uma lenda: acabou perdendo completamente sua audição e passou a vida ensinando as crianças surdas a nadar. No rápido papo que Daisy teve comigo na noite do lançamento do filme nos Estados Unidos, ainda em maio, ela estava bem emocionada. Ninguém a culpa, né?



Aqui, o papo com Daisy, que passou uns minutos online comigo na noite de lançamento do filme nos Estados Unidos. Veja tudo na íntegra no site de CLAUDIA

CLAUDIA: Essa história é incrível. Uma mulher que durante 35 anos deteve um recorde inacreditável e o mundo aparentemente não sabia muito de sua história. Como foi quando você descobriu, sua reação e a relevância de contar a história agora?
Daisy: Sinceramente, fiquei um pouco envergonhada por não saber. E acho que muitas pessoas com quem conversei sentem o mesmo. É inacreditável que as pessoas não saibam sobre ela e ultrapassem o tempo por muitas horas. Então, quando li o roteiro, adorei! E fiquei muito animada para contar a história dela. E agora, ainda mais alguns anos depois, parece que a conversa em torno do desporto feminino continua, bem como a visibilidade e a qualidade salarial. Portanto, parece mais do que nunca que este é um momento brilhante para o esporte feminino.

CLAUDIA: Se você olhar sua filmografia, você tem uma série de mulheres fortes. O na vida de Trudy revelou um novo desafio?
Daisy: Para mim, interpretar Trudy foi viver o desafio dela: contar como ela adorava nadar, e como viu uma oportunidade de se desafiar. Interpretar isso é maravilhoso e é também maravilhoso não ter outro motivo a não ser apenas querer fazer isso. (risos) Mas também adorei que ela talvez pudesse fazer tudo sozinha, mas teve o apoio de sua família. Ela e sua irmã se amam muito e representam dois momentos muito diferentes.

“Contar uma história sobre alguém que é tão apoiada e amada e quase é impulsionada por isso nesta natação é, para mim, realmente o coração do filme”

CLAUDIA: Quais as principais diferenças?
Daisy: Trudy é totalmente atípica e honestamente tem alguma liberdade por causa disso. E Meg realmente não, é mais como o esperado na época, mas elas se apoiam muito. Trudy tem uma família que tem medo por ela, mas quer que ela tente. Contar uma história sobre alguém que é tão apoiada e amada e quase é impulsionada por isso nesta natação é, para mim, realmente o coração do filme.

CLAUDIA: E você também passou por treinamento, certo?
Daisy: Treinei por três meses antes de começarmos a filmar e segui treinando durante as filmagens: à noite, nos fins de semana para depois nadar diante das câmeras. O grande mergulho ocorreu no final do filme e fisicamente foi um desafio. É emocionante aprender uma nova habilidade, mas muito cansativo. E no final do filme, realmente, foram muitas dificuldades mentais para superar porque cada vez que eu tinha que voltar para a água fazia muito frio. Foi avassalador as correntes e ter que acompanhar a câmera. Tinha que nadar, sair, me aquecer e depois voltar.

“Contamos as histórias de pessoas fazendo coisas incríveis”

CLAUDIA: Exaustivo só de escutar!
Daisy: Olho para trás e mesmo assistindo o filme ontem à noite, pensei, nossa, nadei muito mesmo! (risos). Mas, novamente, assim como Trudy no filme, assim como Diane Nyad que eu conheci e foi muito louco estar com ela na estreia de A jovem e o mar, contamos as histórias de pessoas fazendo coisas incríveis. Sei que fazem coisas sozinhas o tempo todo, mas, na maioria das vezes, têm uma equipe incrível por trás e eu tive uma equipe incrível de cabelo e maquiagem que estava lá me enrolando em toalhas, uma treinadora de natação incrível, uma equipe incrível de esportes de resgate. Foi a arte imitando a vida dessa forma que pude mostrar um pouco do que Trudy fez. Fico feliz com isso!


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