Se em 2023, por conta das greves de roteiristas e atores, houve um hiato de gravações e prêmios, 2024 está compensando. Ainda não voltamos ao ritmo anterior, mas já percebemos o que as plataformas seguraram para ter conteúdo inédito no ar ao longo desses primeiros meses.

A premiação que efetivamente sofreu com as paralizações foi a do Emmy Awards, o “Oscar da Televisão”, que pulou um ano e que em 2024 tem nada menos do que DUAS cerimônias. Seis meses depois da festa, na quarta-feira, dia 17 saberemos os indicados do ano.

Já compartilhei meus palpites e chegou a hora de revisá-los. Será um ano de Shogun, Bebê Rena e sim, The Bear. Os indicados para várias categorias principais serão anunciados às 12h30, no site do Emmy ou no YouTube, lembrando que o critério de escolha são os conteúdos que estrearam entre junho de 2023 a maio de 2024. Por isso nem pensem em House of the Dragon ainda, só para o próximo ano é que está contando.

Uma característica positiva de 2023 é que teremos muitos rostos novos entre os concorrentes embora, por conta de menos conteúdo, menos concorrência também. Nunca esteve tão fácil para os favoritos! Ano que vem será bem diferente.

O fato de que Shogun agora saiu de Melhor Minissérie para Série Drama mantém e confirma seu favoritismo, mais uma temporada (Minissérie é apenas o conteúdo de temporadas únicas) e apesar de falada 80% em japonês, conseguiu quebrar a barreira, sendo uma das favoritas da noite. Mas outros sucessos em inglês, como Fallout e Mr. e Sra. Smith, estão entre os possíveis indicados também. Especialistas apostam que Shogun vai ofuscar The Gilded Age, The Crown e The Morning Show (essa com sua melhor temporada até agora), ou seja, Drama quase será sinônimo de Época.

The Bear, que ainda está como “Comédia” mesmo nos fazendo chorar mais do que rir, vai bater recordes justamente por dominar a categoria onde não deveria estar e superar o sucesso de 30 Rock, que teve 22 duas indicações em 2009.

A grande “briga” da noite será entre dois conteúdos da Netflix, dois grandes lançamentos do 1º semestre: Bebê Rena e O Talentoso Ripley, séries limitadas que encantaram público e crítica. Suspeito que o drama da realidade, assim como seus impressionantes números ao redor do mundo, dê à Bebê Rena a vantagem, porque sim, há grandes atuações também. Mas Ripley tem uma qualidade artística inegável, com Dakota Fanning e especialmente Andrew Scott voando como o soturno psicopata. Será difícil dizer que uma é melhor do que a outra.

Em termos de mercado, uma curiosidade que comprova o domínio das redes de streaming. Segundo a previsão da Variety, a Netflix lidera com 123 indicações gerais, a FX (que aqui vemos na Star Plus e passaremos a ver como Disney Plus) vem com 76, a grande MAX (ex-HBO) está colada na FX com 73 indicações e só depois vêm a Prime Video com 38 e Apple TV+ com 34. Mesmo que os números sejam alterados, nada tira a Netflix do topo. Ou seja, as plataformas ficam assim:

1º – Netflix

2º – Disney Plus (porque reúne Disney, FX e Hulu)

3º – MAX

4º- Prime Video

5º- Apple TV Plus

E a revista diz que os cinco mais indicados deverão ser: Shōgun, com 24; The Bear, com 23; Fallout com 18; a última temporada de The Crown, com 16 e o fenômeno de 2024, Baby Reindeer, com 13. Voltando ao olhar mercado: Netflix contra FX, com um único sucesso da Amazon Prime para desempatar.

Bom, se amanhã sabemos os finalistas, esperaremos mais dois meses até conhecermos os vencedores. A festa será exibida no dia 15 de setembro.

Será que acerto nos meus palpites? Clique aqui para lembrar.

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