No Reddit, há uma discussão na comunidade do Freefolknews (minha favorita) sobre os futuros Targaryens que vão “nos interessar”. Na verdade, que “vamos gostar”. Entre eles, claro, estava Aerion Targaryen que será interpretado por Finn Bennet na série Um Cavaleiro dos Sete Reinos. A reação foi imediata.
“Importar” e “Aerion” na mesma frase é uma ponte muito distante para mim rsrs”, respondeu u/DaenerysTSherman.
“Sim, exatamente 😂 esse homem não tem qualidades redentoras”, concordou u/carterwest36 que acrescentou “Duvido que Aerion seja muito bem cuidado 😂”, brincando com o inglês “care“.
Alguma supresa dessa reação? Só para quem não se preparar para o nosso grande antagonista da 1ª temporada de Um Cavaleiro dos Sete Reinos.

“Esquentado” e cruel, Aerion se vê como um dragão
Frequentemente referido como Aerion Brightflame, Chama Brilhante, o Targaryen esquentado é um personagem da série As Crônicas de Gelo e Fogo, de George R.R. Martin, membro da Casa Targaryen, que governa os Sete Reinos de Westeros.
Nascido Aerion Targaryen, ele era o segundo filho de Maekar I Targaryen (Sam Spruell) e conhecido por sua crueldade e arrogância, tanto que rendeu seu apelido de “Brightflame” justamente devido ao seu temperamento impetuoso. Para piorar, sua natureza dura e muitas vezes sádica fez com que ele fosse amplamente odiado como percebemos pela reação dos que leram os livros.
Muito bonito, muito vaidoso e aproximadamente com a mesma idade de Dunk (Peter Clafey), Príncipe Aerion era forte, mas não tão forte quanto Duncan.
Suas roupas estão entre as mais chamativas da saga dos Targaryens, com modelos considerados “chamativos”, que incluiam “um manto negro debruado de cetim escarlate ou trajes resplandecentes como uma chama, todo vermelho, amarelo e dourado ou um resplandecente gibão de veludo vermelho com mangas longas pendentes. Mal posso esperar para ver isso traduzido nas telas. Ainda mais que usa essas roupas para criar efeito quando está em combate, com “um sobretudo que mistura as cores de fumo e fogo entretecidos por baixo da armadura negra, com um elmo enegrecido que possui um espigão de chamas vermelhas esmaltadas no topo”, além de um “escudo que usa ostenta seu emblema pessoal: o dragão de três cabeças da Casa Targaryen” com cabeças coloridas em laranja, amarela e vermelha, “e as chamas que sopravam tinham brilho de folhas de ouro”. Acredito que deve ser o mais vaidoso antes de Viserys III!
Aliás, se quisermos fazer um desenho simplista, Aerion é um Viserys III de Game of Thrones mesclado com Aemond de House of the Dragon: um louco caprichoso que também é um cavaleiro poderoso. Para piorar, pratica Artes Negrasm buscando restaurar os Dragões extintos nos anos de sua bisavó, Rhaenyra Targaryen.
Dissimulado e perigoso
O que faz de Aerion um homem a ser (muito) temido é sua crueldade associada à sua insanidade. Ele tem certeza que é um dragão em forma humana o que faz dele uma pessoa instável e imprevisível. E dissimulado também, pois só revela sua verdadeira natureza quando está fora do alcance de seu pai.
Aerion não pode sonhar com o Trono de Ferro porque seu pai é o segundo filho e o sucessor é seu tio, Baelor (Bertie Carvel). Além disso, Aerion também tem um irmão mais velho, Daeron (Henry Ashton), cujo o apelido já explica tudo: “Daeron, o Bêbado”. Dessa forma, seu propósito passa a ser sonhar com os dragões e justas. Uma equação complexa para uma cabeça frágil.

O desequilíbrio mental de Aerion era fácil de perceber, pelo menos pelo irmão mais jovem, Aegon (Egg)(Dexter Sol Ansell), especialmente porque seu gato de estimação foi jogado em um poço por Aerion e o irmão costumava invadir seu quarto à noite para ameaçá-lo com uma faca nas partes íntimas, dizendo que queria fazer dele uma mulher para poder se casar com ele. Ela. Sentimos o drama…
Só que, para surpresa de todos, Maekar confiava mais em Aerion porque Daeron era um fracasso em tudo, menos na bebida. Tudo porque a falsidade de Aerion não tinha limites: na frente do pai era cavaleiro e educado com todos, na mesma proporção que era monstruoso quando estava longe do pai.
Indiretamente, Aerion muda o destino de Westeros e sua família, trazendo dor e surpresas.
Covarde em todas as situações
Havia uma competição entre Maekar e Baelor, refletida em seus filhos e quando há o torneio de Vaufreixo, os príncipes decidem participar das justas, onde Aerion certamente se destacaria. Ele chega acompanhado de dois membros da Guarda Real, Sor Donnel de Valdocaso e Sor Roland Crakehall e imediatamente confunde Dunk com um cavalariço, criando um mal-estar. Mesmo quando sabe do erro, se mantém arrogante e superior, estabelecendo a rivalidade entre eles.
Para poder participar do torneio, Dunk pede permissão ao Lorde Ashford, e lá encontra o Mão do Rei, Baelor, tentando acalmar Maekar que está alucinado com o desaparecimento de dois de seus filhos: Aegon e Daeron. Com isso, apenas Aerion poderia participar do torneio, reduzindo a chance de Maekar se sentir poderoso.

Aerion se destaca, claro, mas arrogante e negligente com o todos. Ele é desqualificado por ignorar as regras de combate e não aceita sua derrota ou ser qualificado como covarde. Frustrado, ele desconta sua fúria acusando injustamente uma marionetista dornesa chamada Tanselle (Tanzyn Crawford ) de traição contra a coroa. Seu argumento foi que ela foi insolente ao representar a morte de um dragão em sua apresentação. Aerion tortura Tanselle em praça pública, quebrando seus dedos pelo uso das marionetes.
Duncan não aceita ficar calado diante da injustiça e e ataca o Príncipe com um soco, derrubando-o no chão e chutando-lhe a barriga. Mesmo quando Aerion tenta reagir com um punhal, Dunk vence. Fazendo jus à covardia que tanto renega, Aerion faz com que seus homens imobilizem o cavaleiro para arrancar seus dentes em retribuição aos que perdeu na luta, mas Egg (escudeiro de Dunk) o salva, revelando sua verdadeira identidade como Aegon.
Ainda assim, por ter atacado um membro da Família Real, Dunk é preso, e o julgamento é definido por Aerion. Baelor o convence Duncan de pedir um Julgamento por combate, mas mesmo tentado, Aerion não cai na armadilha do tio e escolhe um Julgamento de Sete. Claro que é porque tem um interesse duplo aqui: ele julga que Dunk não conseguiria seis apoiadores em Vaufreixo, assim seria condenado a morte sem chance de lutar.


Maekar, que se ilude com a ‘coragem’ de Aerion, estranha a artimanha claramente baseada no medo de perder, mas o apóia, reduzindo (como planejado) o número de apoiadores a Dunk, uma vez que o príncipe dragão convence a Sor Steffon Fossoway a mudar de lado também. Com cinco apoiadores, Dunk implora publicamente aos senhores e cavaleiros presentes por apoio, provocando a risada desdenhosa de Aerion que não antecipou que Baelor ficaria do lado de “um ninguém”. No final, além de Baelor, Dunk tem o apoio de Sor Robyn Rhysling, Sor Humfrey Hardyng, Sor Lyonel Baratheon, Sor Humfrey Beesbury e Sor Raymun Fossoway, contra os apoiadores de Príncipe Aerion, que eram Sor Steffon Fossoway, Sor Roland Crakehall, Sor Donnel de Valdocaso, Sor Willem Wylde, Príncipe Daeron Targaryen e Príncipe Maekar Targaryen.
O inesperado que muda o sucessor ao Trono
Com isso, são sete contra sete e a justa envolve a luta de todos simultaneamente. O embate é violento e quando Dunk consegue dominar Aerion, ele sussurra que se rende, mas precisa fazer uma declaração para que todos ouçam e ele ainda reluta e tenta enganar Dunk. Maekar tenta ainda acudir ao filho, mas Baelor e Lyonel Baratheon o impedem. No confronto entre os três, sem calcular, Maekar acerta um golpe fatal em Baelor.


Dunk consegue obrigar a Aerion a retirar a acusação de traição, mas com a morte de Baelor, tudo muda em Westeros. Maekar passa a ser o sucessor e cheio de culpa por ter matado seu irmão, oferece um cargo em Solarestival a Dunk, assim como Egg de escudeiro. O cavaleiro recusa o cargo, mas aceita Egg porque quer viajar pelos Sete Reinos com o príncipe para que ele não apenas conheça o território, mas as pessoas simples também. Relutante, Maekar aceita.
Aerion é exilado em Lys, onde fica alguns anos e serve aos Segundos Filhos. Ele só volta a King’s Landing para lutar na Terceira Rebelião Blackfyre, onde ajuda à sua família na vitória. Mas a loucura nunca se afastou de Aerion.
Um gole fatal e literal de Fogovivo
Casado com a prima, Princesa Daenora, Aerion batiza seu filho como Maegor, justamente o nome de um dos mais sinistros e controversos Targaryens até então. Mas ele não vê o filho crescer.
Um dos aspectos mais notáveis da história de Aerion é o seu fim trágico e (por que não?), irônico. Porque ainda mantinha a crença de que era “um dragão em forma humana”, Aerion decide provar o fato bebendo um frasco de Fogovivo, pensando que isso o transformaria em um dragão, literalmente. Em vez disso, morreu uma forma horrível e dolorosa, gritando de dor e realçando a trágica loucura dos seus delírios.
Mas vamos combinar que a fixação de trazer os dragões de volta não era exclusiva de Aerion, né? O próprio Egg, já como Rei Aegon V, passou os últimos anos de sua vida estudando como trazer os dragões à vida, chocando ovos e provocando a tragédia e, Solarestival, onde ele, seus parentes e Duncan morreram queimados (cantado na canção Jenny Oldstone).

Um antagonista que tem tudo para ter destaque
A morte de Aerion teve implicações significativas para a linhagem e sucessão Targaryen.
Sem ele ou Daeron (também morto), a Coroa poderia ter ido para Aemon, mas ele preferiu se manter na Muralha como Maester, colocando Egg no Trono de Ferro sem opositores. Dessa forma, Westeros foi poupada de mais um Rei louco e com complexos de Nero.
No histórico de antagonistas, Aerion tem tudo para entrar para o topo dos inesquecíveis, especialmente com um ator tão talentoso como Finn Bennet. Até o momento ainda não vimos sua imagem, mas, diante de todo esse resumo, restam poucas dúvidas de que ele vai roubar a luz para ele. E brilhar como um dragão.
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