Quem matou em O Casal Perfeito?

Como é gostoso o velho “quem matou” no formato de série. Se bem conduzido, não falha. Na nova série da Netflix, O Casal Perfeito, todos os clichês são usados com um elenco feminino incrível que traz Nicole Kidman, Isabelle Adjani, Dakota Fanning, Meghann Fahy e Eve Hewson em uma trama de mistério, drama e claro, assassinato. 

Ao som de Meghan TrainorCriminals – os créditos abrem com todos em uma festa de milionários no reduto mais VIP de milionários nos Estados Unidos: Nantucket. Em poucas horas antes do casamento para o qual todos estão ali, alguém aparece morto na praia e todos são suspeitos. Se você pensar em The White Lotus (curiosamente com Meghann Fahy tendo participado da temporada 2), é porque é basicamente a mesma coisa. A partir do crime, que demora a revelar “quem” morreu, voltamos no tempo para ver o quanto toda festa estava a um milímetro da desgraça desde o início.

A série é uma adaptação do livro de Elin Hilderbrand, a autora de best sellers (que vive em Nantucket) e brinca – obviamente – cmo a fachada de luxo e felicidade só esconde pessoas a beira de um ataque de nervos. O primeiro episódio demora a revelar quem é a vítima e é a influencer e dama de honra, Merritt Monaco (Fahy), cujo corpo é encontrado flutuando no porto pela noiva, Amelia Sacks (Hawson). A polícia tem que navegar entre as mentiras e suspeitas para identificar quem matou a jovem e não falta candidato em uma rede de revelações que incluem infidelidade, problemas financeiros e vinganças pessoais.

É difícil conter spoilers de uma história recontada tantas vezes. No livro, a narrativa muda entre diferentes perspectivas, fornecendo insights sobre os antecedentes dos personagens e os eventos que levaram ao casamento e dessa forma, os leitores juntam as peças do mistério.

A verdade é que O Casal Perfeito não veio para inventar a roda e o que segura é que, mesmo sem um material decente em mãos, os atores conseguem segurar o interesse na trama e isso é já um feito a ser reconhecido. Nicole Kidman, que é uma das atrizes mais ativas em Hollywood nas últimas três décadas, está oficialmente em todas plataformas e nessa “estreia” na Netflix, não desaponta. Não é necessariamente seu melhor trabalho, mas ela está dando braçadas em qualquer gênero escolha tentar. Bizarro mesmo é reencontrar a estrela francesa Isabelle Adjani em uma produção americana, menor para seu status. Ela consegue estar com o rosto ainda mais deformado do que Nicole e isso é preciso ser mencionado pois nos distrai quando ela está em cena, infelizmente.

A série arrasta, como uma novela, a revelação só é feita no final (darei spoiler em seguida) e honestamente é apenas uma distração. Estender em seis horas é um exagero, aposto que você assim como a minha irmã, vai deduzir o que aconteceu em meros minutos. Mas se não o fizer, tem a dica mais clássica: se o mais famoso não for o mocinho? É o culpado.

Mas cuidado! No livro, a assassina é Nicole Kidman, mas por acidente. Claro que no primeiro episódio vimos que a vítima, Merrit, tinha um caso com o marido de Greer (Kidman), Tag  (Liev Schreiber) e o confronto é hilário – sim! – e isso graças ao gigantesco talento de Nicole Kidman.

Se não aguentar a enrolação, pulem logo para o final porque perder Nicole? Nem pensar. Ela segura qualquer coisa. E sim… mudando quem matou na série. Claro que vou poupar o spoiler, mas, se leu nas entrelinhas vai conseguir descobrir…


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