A segunda parte da 4ª temporada de Emily in Paris reforça tudo que a série faz desde seu lançamento em 2020: food porn, tourism porn, post porn. Okay, estou usando os termos errados, mas você deve entender: escapismo ganhou nova definição e ele é Emily Cooper (Lilly Collins). Exploramos Paris por quatro anos e – de quebra – o sul da França e vários lugares interessantes perto de Paris. Agora, ela está em Roma. E uma vez em Roma…

Sim, vamos lá: mais uma vez Emily e Gabriel (Lucas Bravo) se desentendem. A manipuladora e irritante Camille (Camille Razat), que está no caminho dos dois desde a temporada 1, mais uma vez decide que quer ficar com o Chef, e mais uma vez entramos uma montanha russa emocional tão sem sentido como uma novela barata e cansativa. Agora não está grávida, mas ainda mente para “prender” Gabriel e funciona. Emily se enche e termina com o namorado, não antes de obviamente esbarrar com um italiano lindo em um meet cute clássico do cinema.
O triângulo amoroso original se esticou por tanto tempo que o efeito é o contrário: quando Gabriel descobre o jogo de Camille, ele FINALMENTE dá um basta e espero que a saída dela da série seja definitiva. O que não resolve o problema.
Por alguma razão bem rasa, Gabriel está magoado com Emily porque ela decidiu sair do jogo de Camille e nem quando ele descobre a verdade, tem a decência de pedir desculpas. E nesse jogo infantil entrou uma nova antagonista, Geneviève (Thalia Besson), a filha do marido de Sylvie e a falsiane de plantão.
Geneviève chega tão deslumbrada e sem noção como Emily recém-transferida Chicago, falando quando não deve, se metendo onde não é chamada. E se tínhamos alguma dúvida, ela finge não falar francês para aprender de Emily como trabalhar, mas fica fluente assim que isso é a maneira que ela encontra para se ocular o lugar de Camille no triângulo da série. A essa altura: fique logo com ele!
Outra que está cansada de jogos é Sylvie (Philippine Leroy-Beaulieu), outra que caiu no jogo de Geneviève sem perceber. Sylvie está muito mais envolvida com Emily, seu braço direito e protegida. Do jeito dela, claro.

Isso porque todos os caminhos dos seis episódios finais dessa temporada nos levam à Roma. Claro que o herói de Emily no Natal frustrado era um herdeiro italiano de uma marca que acaba contratando a agência de Sylvie para uma campanha tão importante que é preciso abrir uma filial italiana. E sim, assim como aconteceu em Chicago, mesmo sem falar uma palavra de italiano, é Emily Cooper a escolhida para gerenciar o escritório.
Há quem reclame de tanta coisa de Emily in Paris, da história fraca aos figurinos loucos da personagem, mas a série é um fenômeno dentro da Netflix. Sua popularidade fez de Paris a coadjuvante da série e a França de quebra ganhou uma exposição charmosa, tenho certeza que o Turismo agradece porque sim, não há estúdios: todas as locações, lindas como são, são verdadeiras. Agora que Emily está indo para Roma, já tivemos uma palinha da cidade numa luz espetacular, a próxima temporada só deve mostrar ainda mais.
Há aqui um problema no paradoxo que Emily In Paris criou para si mesma: nós estamos com ela há quatro anos, mas Emily (em tese) está em Paris há menos de um ano, algo que sabemos depois que sua ex-chefe grávida, Madeline (Kate Walsh) apareceu na história há uma temporada. Portanto, ainda é estranho que ela mal lembre de seu ex-noivo (aposto que você esqueceu também) ou que ela não tenha ido para casa em nenhum feriado ainda! Pelo menos vimos que tentou.
Portanto, Emily Cooper é a maior executiva de marketing do planeta. E insistente,. A reencontraremos em 2026, uma vez que ela, diferentemente de todas as demais séries da Netflix, tem uma vida longa. E nós acabamos curtindo a cada jornada. Que venha Roma!
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