Custei a falar do filme Feios porque mesmo sendo fã de Joey King dessa vez nem ela salvou a obra. Mas talvez seja queatões demográficas. A infantilidade do texto e roteiro do filme são inegáveis. E parece ser apenas a primeira parte.
Na escola das franquias distópicas para jovens adultos, como Jogos Vorazes, Divergente e The Maze Runner, a história gera em torno dos temas como mudança física e emocional, as dificuldades de permanecer fiel aos próprios valores, e lembrar quem é o verdadeiro inimigo.
O filme é a adaptação da Netflix do romance de Scott Westerfeld, publicado em 2005. Sim estamos falando de uma nova trilogia portanto a primeira parte é basicamente introdutória. Aqui entendemos que numa sociedade pós-apocalíptica a beleza efetivamente te faz viver em uma melhor camada social e apenas os “retocados” fazem parte dela. A idade para fazer a alteração plástica é 16 anos e por isso Tally Youngblood (King) aguarda ansiosamente pelo dia no qual será transformada. Seu melhor amigo, Peris (Chase Stokes) será operado um mês antes e eles planejam se reencontrar, afinal ela terá que esperar um pouco a mais por ser mais nova.

Porém, na transformação, Peris muda radicalmente de personalidade também, sendo frio e desdenhoso com a feia Tally, que ainda não pode circular entre os belos. Na fuga, ela conhece e faz amizade com Shay (Brianne Tju) que a “leva para o mau caminho” de matar aula e questionar alguns conceitos. Shay pretende se rebelar contra a cirurgia forçada e se unir ao movimento rebelde conhecido como Smoke.
No dia da transformação de Tally o pior se confirma para ela: ciente do que a jovem estava fazendo, ela é proibida de operar e permanecer feia pela maior autoridade da sociedade, a Dra. Cable (Laverne Cox), que demanda que Tally ajude a derrubar o Smoke.
De fato Tally consegue se infiltrar entre os rebeldes, mas se apaixona pelo líder David (Keith Powers) e repensa seus objetivos de vida quando percebe a liberdade de ser diferente (ou feia). Há muitos detalhes visuais e de explicações filosóficas, mas claro, o embate acontece, Tally é exposta como espiã e tudo vira de cabeça para baixo porque as cirurgias são secretamente tóxicas e destroem o cérebro das pessoas, as tornando robóticas e manipuláveis. Cable consegue sequestrar e transformar Shay contra a vontade dela e terminamos a primeira parte com Tally “se sacrificando” para poder salvar a amiga enquanto os Smoke trabalham com um antídoto.
Soou confuso e risível? Porque é ainda pior do que descrevi. Feios é constrangedor nas melhores cenas e apenas horrível nas demais. Nem a presença de Joey King salva o investimento. Se tiver chance, fique longe desse pesadelo. Um conselho de amiga!
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