Para quem acompanha as histórias de Hollywood e da Indústria da Música sabe que excessos, drogas e escândalos são tão comuns como o ar que as celebridades respiram. E o atual drama da queda de Sean Combs, o P. Diddy ou Puffy Daddy, é um dos capítulos mais relevantes de toda História do Entretenimento.
O que começou como um escândalo sexual – Sean Combs está sendo acusado de ter violentado, drogado, filmado, agredido e abusado de homens e mulheres por décadas – poderia incluir assassinatos, atentados e agressões. Isso segundo um polêmico e duvidoso livro de memórias da ex-mulher de Sean, Kim Porter, morta repentinamente de pneumonia em 2018. A suspeita alimentada a ponto de frenesi essa semana a coloca no coração da conspiração liderada pelo acusado para apagar os rastros que levariam o FBI diretamente à sua porta. Seria mesmo o caso?
Por isso é relevante saber quem é Kim Porter, pois fora dos Estados Unidos e do universo das celebridades, muitos podem não saber.

Kim foi casada com Sean “Diddy” Combs e é a mãe de seus quatro filhos. Eles se conheceram quando ela já tinha um filho, Quincy (que ele adotou), do relacionamento com o produtor Albert Joseph Brown, conhecido como Al B. Sure!. Quando começaram a namorar, em 1994, Sean Combs ainda não era famoso e Kim, que já tinha sido modelo, era sua parceira inseparável.
Diante da ascensão de Sean como estrela do rap, o relacionamento passou por altos e baixos. Eles se separaram um ano depois do primeiro filho dos dois nascer, quando o músico passou a namorar Jennifer Lopez. Voltaram em 2003 e tiveram as gêmeas D’Lila Star Combs e Jessie James Combs, três anos depois. O casamento acabou definitivamente em 2007 no rastro de mais traições por parte dele.
Embora sempre cercado de mulheres bonitas e famosas, Sean Combs fez questão de deixar pública sua adoração por Kim e publicamente os dois se mantinham amigáveis. Quando ela foi encontrada morta em sua casa em Los Angeles, em 15 de novembro de 2018, com apenas 47 anos, ele postou em suas redes sociais: “Não sei o que vou fazer sem você, querida. Sinto tanto a sua falta. Éramos mais do que melhores amigos, éramos mais do que almas gêmeas. ÉRAMOS OUTRAS M—!! E sinto tanto a sua falta. Super Black Love.”, escreveu e apagou ele. Um relatório de autópsia revelou mais tarde que Kim morreu de pneumonia lobar.

A forma repentina da morte de Kim Porter sempre foi considerada suspeita e a semente de várias conspirações. Como esposa do músico, certamente foi testemunha dos crimes dos quais é acusado agora e há a corrente que defende que sua morte poderia ter sido queima de arquivo. Ainda mais que o legista que assinou a autópsia dela morreu em seguida também.
É a suspeita levantada por Chris Todd, que não tem nenhuma conexão com a família, mas que publicou KIM’S LOST WORDS alegando ser o diário que Kim Porter mantinha como rascunho antes de morrer. Os filhos de Kim negaram a legitimidade do livro, mas ele é bombástico e expõe ainda mais pessoas que fizeram parte do círculo mais íntimo dela e de Sean,.
“Alegações de que nossa mãe escreveu um livro são simplesmente falsas”, disseram eles em uma declaração no Instagram. “Ela não escreveu. E qualquer um que alegue ter um manuscrito está se deturpando.”
O problema é que, diante de tudo que está vindo à tona, Al B. Sure! também foi ao Instagram para pedir uma investigação sobre a morte de Kim. Ou seja, com tudo que está nesse livro, as pessoas já estão levantando todas as suspeitas das coisas mais absurdas possíveis. E estamos apenas começando.
Os filhos de Kim, que são criados e apoiam Sean Combs, lamentam. “Nossas vidas foram destruídas quando perdemos nossa mãe”, continuou a declaração. “Ela era nosso mundo, e nada mais foi o mesmo desde que ela faleceu. Embora tenha sido incrivelmente difícil conciliar como ela pôde ser tirada de nós tão cedo, a causa de sua morte foi estabelecida há muito tempo. Não houve crime. O luto é um processo que dura a vida toda, e pedimos que todos respeitem nosso pedido de paz enquanto continuamos a lidar com sua perda todos os dias”, insistem.
É preciso ter mesmo cuidado com as fake news. O próprio Chris Todd disse à Rolling Stone que não pode garantir a autenticidade do livro depois de alegar ter recebido um pen drive contendo o livro de duas fontes da “indústria musical”. Porém ele acredita que o conteúdo seja autêntico.

Com 59 páginas, KIM’S LOST WORDS: A journey for justice, from the other side… foi autopublicado na Amazon no início de setembro e está repleto de erros de digitação e imprecisão factual, como todos que leram perceberam, mas também têm detalhes que assustadoramente não soam tão absurdos e envolvem muitas pessoas conhecidas.
Haverá uma investigação sobre os responsáveis pela publicação e os familiares de Kim pediram que a Amazon retire o livro da plataforma e que o autor façam uma retratação por difamação.
Tudo está eletrizante para se acompanhar. E mal começou a ser pública, vem muito mais aí.
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