George Clooney e Brad Pitt: A Química de Wolfs

George Clooney e Brad Pitt não dividiam a tela do cinema há longos 16 anos, o que muitos de nós sentimos pois os dois têm química juntos. E Wolfs é a prova disso. A questão é, seria o suficiente?

Nessas quase duas décadas, Pitt, que substituiu Mark Wahlberg como suporte de jovem impulsivo para Clooney liderar como o cínico experiente, ganhou um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, se casou e se separou de Angelina Jolie, teve seis filhos com ela e ainda encara um longo e dolorido processo de divórcio. E sim, se estabeleceu como um dos melhores produtores, ganhando Oscar por 12 anos de Escravidão inclusive. Portanto, dar um passo atrás e fazer um filme apenas de entretenimento é um tanto curioso.

A mesma coisa pode se dizer sobre Clooney. Depois do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, ele também se casou, foi pai (assim como Pitt, de um casal de gêmeos), mas segue feliz com sua esposa advogada, Amal Clooney e produziu e dirigiu alguns filmes mais ‘sérios’, além de investir em tequila. Sim, já fazia um tempo que ele deixou de explorar sua veia cômica.

Wolfs é um filme insípido e que só funciona por conta do carisma dos dois astros. Dirigido por Jon Watts, Clooney e Pitt são dois “lobos”, um código para solitários que fazem “faxina” para poderosos e criminosos. Ambos, hipercompetentes, desconfiados e incomodados quando são forçados a trabalhar juntos.

Não sabemos nem seus nomes ou seus chefes, eles são reservados e desconfiados, mesmo quando estranhamente são contratados para o mesmo serviço. A noite começa qiando “salvam” uma promotora distrital, Margaret (Amy Ryan), que está com o corpo de um jovem morto e apavorada com o escândalo potencial de estar em uma cena de crime. Se fosse simples assim. Ela alega que a morte foi acidental, mas logo descobrem que o jovem não morreu e está com drogas ilegais roubadas da máfia russa.

Num espiral que parece o filme Afterhours, de Martin Scorcese, “tudo” acontece e eles acabam se afeiçoando ao garoto (Austin Abrams) e a solução, bem, é um tantinho “surpreendente”. Só um pouquinho.

O problema de Wolfs é ser unicamente um filme de oportunidade para unir Clooney e Pitt, cada um explorando seu ponto forte, mas a história sendo indiferente e fraca. Ficamos tentando adivinhar as ligações que realmente, quando reveladas, são apressadas e falhas. Não vale a pena elaborar porque é um filme para ser esquecido imediatamente após o consumo.

Foi dinheiro fácil para a dupla, e realmente um mistério é por que tanto alarde por tão pouco. E com cara de ter uma continuação caso queiram ter férias remuneradas de novo. Os fãs da dupla vão apreciar.


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