O trailer final da refilmagem de Nosferatu chegou às redes confirmando um lançamento natalino. O filme, que chega aos cinemas brasileiros no dia 2 de janeiro de 2025, é uma adaptação do personagem clássico criado por Bram Stoker e do clássico gótico alemão, de 1922, dirigido por F.W. Murnau.
Dirigido e escrito por Robert Eggers, o novo mestre do terror, o filme tem grande elenco, com Bill Skarsgård, no papel título, além de Nicholas Hoult, Lily-Rose Depp, Aaron Taylor-Johnson, Emma Corrin e Willem Dafoe (ele mesmo já tendo interpretado Nosferatu em A Sombra do Vampiro, em 2000).

A visão de Eggers acompanha a história da obsessão entre uma jovem assombrada (Depp), na Alemanha do Século 19, e um vampiro aterrorizante (Skarsgård) que a persegue, o que provoca tragédias a todos que a cercam.
Quem vê o trailer e tem na memória afetiva o incrível Dracula de Francis Ford Coppola, de 1992 com o imbatível Gary Oldman no papel título e Winona Ryder (na época, namorada do pai de Lily-Rose, o ator Johnny Depp) com Mina, identifica várias citações visuais. E qual a diferença entre Nosferatu e Dracula?
Ambos são ícones do cinema de terror, com diferentes termos de origem e representação.


Tudo começou com brigas de direitos autorais. O escritor Bram Stoker lançou seu livro em 1897 e rapidamente ela se tornou uma das obras mais influentes da literatura de terror e estabeleceu muitas das convenções modernas sobre vampiros.
Em 1922, F.W. Murnau quis fazer uma adaptação do livro para o cinema na Alemanha, mas a família de Stoker não entrou em acordo com ele e por isso o diretor fez “adaptações” para sua versão. Assim, o Conde Dracula virou Conde Orlok e outros nomes e alguns detalhes foram alterados também. A essência é a mesma, mas o espírito não.

O visual também é BEM diferente. Enquanto Dracula geralmente é retratado como um aristocrata elegante, charmoso e sedutor com habilidades sobrenaturais para se transformar em morcego, tem controle sobre animais e é imortal, o Conde Orlok é apresentado de forma muito mais monstruosa e grotesca. Ele tem uma aparência cadavérica, com longos dedos, dentes proeminentes e orelhas pontudas, o que o torna menos humano e mais assustador. Na versão de 2024, aparentemente, ele será igual ao filme de 1922, mas há outros elementos que aproximam a narrativa à Dracula.
Na obra de Bram Stoker, a história segue o Conde Drácula enquanto ele se muda da Transilvânia para a Inglaterra para espalhar a maldição dos vampiros, enfrentando personagens como Jonathan Harker, Mina Murray e Van Helsing. Nosferatu tem uma trama similar, mas com diferenças ali o Conde Orlok viaja da Transilvânia para a cidade fictícia de Wisborg, na Alemanha e introduz o conceito hoje canônico de que a luz do sol pode destruir o vampiro, algo que não é tão enfatizado no romance original de Stoker.

Enquanto o filme de Murnau é considerado um clássico do cinema expressionista alemão e é altamente reverenciado por sua atmosfera e cinematografia inovadoras, se credita ao livro o fatos de que Dracula virou um arquétipo na cultura popular, inspirando inúmeras adaptações em livros, filmes, séries de TV e outras mídias. Em ambos os casos, tiveram um impacto duradouro no gênero de terror.
Já era hora de lançar um novo olhar sobre o clássico. Veja o trailer.
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