Tenho que começar a falar do ‘novo’ produto de Ryan Murphy com a FX, Grotesquerie, reclamando das plataformas. A série da Star Plus aqui, chega à plataforma SEMANAS depois da estreia nos EUA e isso, meus amigos, significa que os executivos decidiram que o resto do mundo não tem o privilégio da surpresa. Em uma série onde o mistério é essencial, um clique nas redes sociais e você já sabe tudo. Fica ainda mais frustrante porque histórias originais são tão raras que é maravilhoso ‘não saber’ o que vai acontecer. O que não será o caso aqui. Enfim…
Ryan ama true crime, true stories (especialmente as de tretas), musicais e terror. E não erra em nenhum gênero. Com Grotesquerie embarcamos em um universo de terror que lembra Seven, A Profecia, a primeira temporada de True Detective e outros do gênero. “Eu nunca fiz nada parecido antes. Eu nunca escrevi uma temporada de televisão sozinho ou por diversão, só para fazer, certo?”, o showrunner explicou em uma entrevista à The Hollywood Reporter. “Estava interessado em escrever sobre algo que eu estava sentindo, que é esse tipo de crise existencial de: Isso tudo está acontecendo? Por que eu sinto todos os dias que estou em uma espécie de pesadelo do qual não conseguimos acordar? E mais do que isso, como você verá, o amor é realmente a única coisa que nos faz passar por isso”, cometa Ryan.
E é isso, se você não se incomoda com o gore, lida bem com questões de cultos, religião e mortes, Grotesquerie é o seu conteúdo da hora. A série de terror acompanha a detetive Lois Tryon (Niecy Nash) enquanto ela desvenda a verdade por trás de uma série de crimes e é ajudada por uma freira, irmã Megan Duvall (Micaela Diamond) que também é repórter e fã de true crime.
Tudo parece extremamente soturno, escuro e assustador, uma escolha deliberada para nos confundir. Com o elenco que inclui Courtney B. Vance, Lesley Manville, Travis Kelce (sim, o jogador e namorado de Taylor Swift) assim como Nicholas Alexander Chavez (que brilhou como Erick Menendez na série Monsters) só faz tudo ficar ainda mais tenso e instigante. A narrativa é intrigante, intricada e acredite: a história não é o que parece.

O ou A assassino (a) é um (a) serial-killer fanático (a) religioso (a) que assina as cenas de crime grotescamente desenhadas como ‘Grotesquerie’. A ajuda da irmã Megan é essencial para Lois, que lida com o alcoolismo, uma filha de obesidade mórbida, a traição do marido (Vance) e o fato de que ele está em coma, sob os cuidados de uma estranha e abusiva enfermeira (Manville). Do lado da freira, a amizade dela com um padre (Chavez) também é um caminho para tentar descobrir quem anda tirando vidas de pessoas aparentemente inocentes.
Apenas dois episódios estão disponíveis na Star Plus e a temporada termina nos EUA semana que vem, portanto vamos passear por SEIS episódios até descobrir a virada, que é literalmente, uma volta de 180o. Vou evitar o spoiler nesse post, mas a verdade já está nas redes.
Convido a você a fugir da revelação e embarcar na delirante história saída da imaginação de Ryan Murphy. O elenco reúne alguns dos melhores atores do momento, com experientes e novatos no meio, e isso por si só já vale conferir.
Tá bem, se quiser saber o spoiler, aqui vai.

Lois na verdade está em coma e todos ao seu redor não são quem nós pensamos ser. Ela acorda quando o marido decide desligar as máquinas de suporte e aí sim, estaremos no verdadeiro caminho de descobrir o crime. O que significa que não saberemos quem é o/a serial killer nessa temporada, mas apenas na próxima. Que tal?
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