Duna: Profecia – O Que Esperar da Nova Série

Estamos prontos para a febre Duna: Profecia? Bom, eu estou. Mais do que pronta e feliz porque terei em paralelo a segunda temporada de Silo. Eu, que nunca fui particularmente fã de Scifi ou Fantasia, me estranho, mas estou bem empolgada. Há muito o que esperar dessa prequel, ainda mais que depois de décadas sendo considerado impossível de conseguir ser adaptado para o cinema, Duna é hoje um dos grandes sucessos. A prequela da trilogia vem em boa hora, e melhor, com grande elenco!

Nas últimas semanas, antecedendo a estreia no final de novembro, as estrelas da série participaram de uma série de entrevistas e eventos, com isso podemos costurar algumas revelações, mesmo que não sejam gigantescas.

Anunciada em 2019, por conta dos puristas que reclamam inclusive da adaptação de Denis Villeneuve, a recepçãoda notícia foi morna e desconfiada na melhor das hipóteses. Além de mudar de nome (era Duna Sisterhood no início), perdeu duas atrizes, em apenas cinco anos Duna:Profecia também teve quatro showrunners e três diretores principais, além de lidar com a pandemia e duas greves que pararam Hollywood. A sorte está mesmo nos dois filmes de Villeneuve, que inclusive ia dirigir o piloto e desistiu. Isso porque agora Duna está em alta e a equipe pode usar os mesmos cenários, mantendo assim, unidade visual (extremamente importante).

Os puristas que me perdoem, mas o número de pessoas que jamais leu uma página do universo imaginado por Frank Herbert ou mesmo os livros que seguiram a história é infinitamente maior dos que sabem com profundidade a história dos Artreides ou Harkonnen. Isso é excelente para a série, porque não há como cobrar o que mudarem com a mesma intensidade que os showrunners de House of the Dragon recebem.

Nos eventos como o NY ComiCon, e nas entrevistas, o trio principal tem sido formado pelas atrizes Olivia Williams, Emily Watson e Travis Fimmel, que pareciam até desanimados por não poderem revelar tanto da trama. Ambientada 10.000 anos antes dos filmes de Villeneuve e inspirada em maior parte no livro Sisterhood of Dune, escrita pelo filho de Herbert, Brian, e Kevin J. Anderson, a proposta é contar a origem da ordem religiosa feminina conhecida como Bene Gesserit, que tem um plano secreto para comandar o império intergaláctico dos bastidores. E claro, pelo timeline, vai deixar mais clara a razão da rivalidade tão profunda entre os Harkonnen (vistos como os vilões até aqui) e os Atreides (os bonzinhos). Esse ódio mútuo remonta a milênios e possivelmente terá outra perspectiva quando virmos a série.

Há 10 mil anos, estaremos ainda mais perto do fim da guerra dos humanos contra as máquinas, algo também marcante na história de Duna. A guerra terminou com a vitória humana e a proibição de computadores avançados, robôs e inteligência artificial. Obviamente, nos bastidores, há quem ainda use tecnologia e é algo que Travis Fimmell, como Desmond Hart, será oposto. Isso me faz lembrar de sua passagem por Raised by Wolves, mas suspeito que Duna:Profecia não vai transformar ninguém em árvore ou ter serpentes voando, ou seja, terá futuro. Voltando à Fimmel, Hart será um soldado com um passado misterioso envolvendo um encontro bastante transformador com um verme da areia, que vai ter a confiança do Imperador.

“Ele está procurando por alguém que é realmente importante para ele, ele tem uma pendência pessoal com essa pessoa”, Travis explicou em uma entrevista. Como soldado e tendo servido 8 vezes em Arrakis, o problema nem é trauma de guerra, mas algo mais profundo. “Tenho certeza de que o afetou [as oito vezes que esteve lutando no planeta], mas são sempre as coisas da sua infância que tornam sua jornada mais interessante, então são muitas coisas que aconteceram com ele quando ele era criança que ele realmente procura. Obviamente, muitas pessoas vão para a batalha às vezes quando estão lutando contra seus próprios demônios”, ele completou.

E como Desmond é um nome desconhecido, mas revelante, o ator provoca: “Há tantos jogadores buscando objetivos muito semelhantes por direito próprio e meu personagem fará qualquer coisa – se ele tiver que mentir ou trapacear ou o que for – ele fará qualquer coisa para conseguir o que veio buscar, e fazer todo mundo acreditar nele e eu não acho que até o final você saiba de que lado ele realmente está,” nos dá a dica.

Do lado feminino, como Valya Harkonnen, a líder da irmandade das Bene Gessrit, Emily Watson será a grande estrela da série e promete grandes cenas. Com flashbacks de sua juventude, entenderemos como ela planeja vingar os Harkonnen, que perderam prestígio e poder graças aos Artreides. Olivia Williams será sua irmã, Tula, que deverá ser protagonista de algumas surpresas.

“Os Harkonnens são uma família muito, muito confusa, desde o início”, Emily disse no ComiCon. “Valya e Tula Harkonnen tiveram uma infância muito traumática, tudo isso aparece conforme a história avança, e ainda assim eles se colocaram nesse caminho para tentar controlar o destino da humanidade. Parece que eles estão se capacitando. Não há limites que eles não vão fazer para fazer isso,” revelou.

E como Travis alerta: “Cada personagem tem falhas, cada personagem é muito motivado e motivado para obter o que eles acham que merecem. Todo mundo acha que está certo quando, muitas vezes, todo mundo acha que está errado”, diz ele. “Faz você pensar”.

Em um painel do Comicon, onde os jornalistas viram dois episódios, o elenco teve que eleger o episódio favorito da temporada. Travis elegeu o 6º, Emily elegeu a surpresa do 3º (“tem algo bem, bem estranho, bastante pertubadores”, alertou) e o roteirista Jordan Goldberg também provoca sobre Travis: “Quando você o vê no episódio 4, que é o meu favorito, ele faz algumas coisas ultrajantes, então é muito bom!”.

Curiosa, ainda bem que falta apenas uma semana! Dia 17 de novembro, às 23h.


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