Com 10 episódios no total, a segunda temporada de Silo 2 tem pelo menos quatro horas a mais do que o usual e por isso pôde aproveitar o episódio completo de retorno com pouquíssimos diálogos, o que nos devolve a sensação de isolamento e angústia da história que se passa em um futuro não tão distante e com a Terra completamente inóspita.

Juliette (Rebecca Ferguson) está sozinha e entra em um novo silo, um que vemos em flashback ter passado por uma rebelião e inadvertidamente perdido todos sobreviventes que tentaram sair para o mundo exterior. Literalmente, TODOS. Ela se vê sozinha e precisando usar de sua criatividade e inteligência para circular no novo ambiente. Alternando cenas da juventude com o cenário atual, percebemos como Juliette consegue lidar bem com a solidão, e também como aprendeu a ser meio que uma McGiver.

Com 50 minutos praticamente focados na sua história – são pelo menos 10 minutos para ela conseguir pular uma ponte improvisada, ela busca identificar se há algum humano neste silo, pois ela houve barulhos e vê luz, mas aparentemente, está só.

Gostaria poder contar mais, mas são quase uma hora de muitas situações de perigo e habilidade de Juliette de encontrar alternativas. Até que ela ouve Moon River cantada por Audrey Hepburn de algum canto e vai até a porta de onde vem o som. No tempo completo da canção. Paramos com Jules conhecendo o único aparente sobrevivente do silo. Solo (Steve Zahn), não abre a porta para ela e mais, avisa que se ela tentar chegar até ele, vai matá-la.

Um episódio que nos faz pensar que foi um ótimo retorno, poderoso até, mesmo que estejamos sem tem nenhuma ideia de como as coisas ficaram no silo 18, de onde Jules foi expulsa.

A série, baseada nos romances distópicos de Hugh Howey, nos transporta para um futuro um evento apocalíptico deixou a superfície da Terra inabitável. Séculos depois, só restaram 10.000 pessoas e elas vivem em silos subterrâneos, apavorados e aceitando regras estritas que demandam obediência sem questionamento. A punição capital é o exílio, o que significa morte em poucos minutos.

Ao longo do tempo, alguns habitantes começaram a questionar se as imagens do mundo exterior que estavam sendo mostradas nas telas eram falsas, assim como começaram a perceber que as autoridades mantinham alguns segredos. O mundo está mesmo envenenado e impossível de sobrevivência, mas há muito mais silos e mais sobreviventes.

Neste primeiro episódio, não sabemos de Bernard (Tim Robbins), Meadows (Tanya Moodie), Martha (Harriet Walter) ou Robert (Common) que manipulam o Silo 18 para suprimir uma revolta como a do silo 17, no qual todos morreram. A história pode parecer sufocante, mas Silo continua sendo um grande acerto. Quero muito saber mais!

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