Nova Branca de Neve: Tradição vs. Modernidade

Curiosamente, na onda de transformar os desenhos clássicos em filmes com pessoas, o original dos originais foi o que esbarrou com as maiores críticas e discussões do que os demais, sendo que nem era tão mais complexo que os outros. Sim, Branca de Neve e os Sete Anões só chega aos cinemas em Março de 2025, mas a chuva de críticas é significativa.

O original de 1937 marcou a História do cinema com sua inovação, mas foram suas “sequências” que chegaram às telas antes: Cinderella, que já lidou com temas de #metoo e A Bela Adormecida, que perdeu o protagonismo para a antagonista, Malévola. As questões com Branca de Neve se viram complexas por questões de inclusão e feminismo, tudo que os críticos ainda não deixam passar.

Primeiro elegeram uma latina, Rachel Zeggler, para o papel que em tese é de alguém “branca como a neve”, gerando comentários racistas e xenofóbicos. Para piorar, Rachel também causou controvérsia ao criticar o filme de 1937, afirmando que a nova versão apresenta uma Branca de Neve mais independente, que “não busca ser salva por um príncipe”. Para muitos, essa declaração tão alinhada com a geração Z, foi vista como desrespeito e alimentou o debate sobre modernização de contos de fadas.

E se a linda Gal Gadot como a Rainha Má fosse ser uma escolha celebrada, acabou também no mar reatividade. Aqui fica a mais óbvia a malícia e falta de compreensão da história. Branca de Neve tinha inegável beleza interior e a madrasta, que era linda, era uma bruxa por dentro. As pessoas questionaram a escolha das atrizes nos papéis alegando que “Rachel Zegler não seria mais bela que Gal Gadot“, portanto, o filme já estaria errado. Bobagem! Nunca achei que Kirsten Stewart era mais bonita do que Charlize Theron, por exemplo.

Assim, os que questionam a existência do Espelho Mágico ou que reclamam que ele jogue as mulheres uma contra as outras, esquecem que é justamente essa a crítica fundamental da história. Uma mulher linda que busca a confirmação de sua imagem em um objeto que fala com ela e que não suporta a idéia de outra ser mais bela que ela por dentro. A proposta é muito profunda e ainda bem, se mantém no filme.

Essas controvérsias refletem desafios enfrentados pela Disney ao adaptar clássicos para audiências contemporâneas, equilibrando progressismo e nostalgia, mas quando pessoas como David Hand, filho do diretor da animação original de 1937, criticou duramente o remake, afirmando que seu pai e Walt Disney não aprovariam as mudanças feitas no clássico, isso reflete negativamente também.

Diante disso, o “segredo” do estúdio em divulgar o trailer oficial só alimenta a curiosidade. E essa semana, “vazou” o resultado final, incluindo algumas notas da canção nova. Eu estou aberta a gistar. E você?


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