Está passando desapercebida pelo grande público, mas O Dia do Chacal (The Jackal) é uma das melhores séries do ano. Tem qualidade de produção, super atores como Lashana Lynch e Eddie Redmayne e uma excelente atualização do clássico. E viradas inesperadas de roteiro que só nos deixam com maior ansiedade.

Há duas histórias dentro de uma só: a da missão original na Alemanha, que deu certo, mas que o contratador quis dar um golpe no assassino, passando a ser alvo de sua vingança, e o contrato atual de matar um bilionário que vai desagradar peixes graúdos e que por isso tem que ser morto antes de revelar informações que prometem mudar a economia mundial. Algo assim, não faz muita diferença. Como no livro, a série nos faz meio que admirar o método perfeccionista do chacal e quase que torcer por ele, ainda mais que não está para matar heróis de guerra, mas empresários e políticos gananciosos. Na sua cola, está a excelente agente da MI6 que é a única que consegue ser tão disciplinada e determinada como ele.

Faltam três episódios apenas, mas estamos de novo sem ar e cheio de dúvidas. Vimos que, para matar UDC está mais complexo porque a MI6 está apenas segundos atrás dele, o que faz o planejamento ser ainda mais complexo. Por isso, precisa de uma ajuda – o que é perigoso porque ele é bom porque sempre age só – e aqui é que dá o nó.

Usando pessoas inocentes, Chacal está no seu processo detalhista de sempre e a disciplina rende sempre informação importante que permite ajustar o plano sempre. Ainda mais esse, com margem tão pequena para erros. Toda pressão deu o gatilho para seu PTSD e vemos como, por acaso, ele se apaixonou na Espanha e está tentando, ao fim da missão, recomeçar sua vida ao lado da mulher e da filha. Bom… talvez até esse plano tenha mudado. Isso porque com suas câmeras escondidas já está ciente que em Cádiz as coisas estão desandando: o cunhado está roubando seu dinheiro e sua esposa está mentindo para ele.

Por hora, precisa eliminar da MI6 e pede que “tirem” Vince e Bianca da sua cola, mas, de novo, os dois escapam vivos. Para piorar, uma policial desconfiada ajudou a criar um retrato falado e agora há uma imagem dele para que todos possam usar. Bianca sabe que ele é um excelente maquiador, mas já tem duas imagens como base.

Na palestra onde UDC deveria ser morto, acompanhamos angustiados a tensão até que, quando o Chacal finalmente está em posição, dois homens subiram no palco e atiraram (errando o alvo e atrapalhando o Chacal). Um dos homens está morto e o outro escapou. Chacal também escapa, mas Bianca está tão perto de pegá-lo e que o foco dela dificilmente vai mudar para buscar o atirador que fugiu. E o mistério só está crescendo! Quem mais quer matar UDC? Quem está infiltrado na MI6? E o que ele vai fazer com a família de sua esposa?

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