O Fim da História de Amor de Brad Pitt e Angelina Jolie

Brad Pitt e Angelina Jolie viveram a maior e mais pública história de amor hollywoodiana do milênio. Uma paixão avassaladora, julgamentos machistas e moralistas de todos os lados, sucessos e fracassos nas bilheterias, seis filhos e um vinhedo. Os dois eram a reencarnação de Elizabeth Taylor e Richard Burton e, por um breve período, os céticos chegaram a acreditar em amor eterno. Só que não. A intensidade de tudo que cercou esse relacionamento chegou ao fim com uma misteriosa viagem onde, ainda no ar, violência e brigas transformaram o casal em mais um elemento binário. Oito anos depois, no último dia de 2024, pelo menos o divórcio dos dois chegou ao fim.

Se intensidade foi o começo dificilmente estaria fora do fim. O tempo que levaram para finalizar a separação foi o quádruplo do que oficialmente eram marido e mulher, e mais da metade do tempo em que se amaram loucamente. Mesmo que agora o ódio prevaleça entre ambos, toda briga comprova o quanto um dia se amaram também.

Nem todo amor é saudável por isso a afirmativa não tem peso, só ilumina que a toxicidade era elemental para uni-los. E esse acordo não finaliza a outra briga judicial dos dois – a Guerra dos Rosés, como tem sido chamada – mas é reveladora da mesma maneira.

Se considerarmos os dois divórcios (e subsequente vidas) de astros do calibre de Pitt e Jolie teremos que colocar na mesa Tom Cruise, Nicole Kidman e Katie Holmes. Nas duas oportunidades, a dissolução da união foi rápida e controlada: Tom dividiu a parte material sem discussão e a guarda dos filhos demandou acordo, mas em uma separação ele ganhou e na outra perdeu. Todos temos curiosidade dos termos e motivos, mas o acordo inclui a clausula de privacidade e talvez jamais se saiba o que foi discutido, mesmo a religião dele tendo sido prioridade em ambos casamentos.

Com Brad Pitt e Angelina Jolie foi mais complexo pois incluiu abuso alcóolico, físico e psicológico, tudo tão público que é difícil acusar malícia do lado dela de não tentar esconder o que houve. Ele era mais rico e ela não quis nada. Ele queria os filhos e ela não queria compartilhá-los, mas precisou. Hoje ele a acusa de alienação parental e o que resta é destruir a ex sobre a venda de um vinhedo que ele poderia abrir mão, mas não quer.

O anúncio do acordo (que estava ainda pendente por conta das discussões de guarda dos filhos) foi feito pelo time da atriz, o lado do ator não se manifestou e um Juiz ainda tem que assinar, mas há de se esperar que seja conclusivo.

A separação foi feita em 2016, sendo que desde 2019 eles estão tecnicamente divorciados. O advogado de Angelina Jolie comunicou o acordo ressaltando a versão dela, de que deixou tudo para trás para focar “em encontrar paz e cura para sua família”. Brad Pitt tem usado a máquina de RP de Hollywood (a que queima as pessoas com notas em revistas e redes sociais) para contestar a narrativa, mas quando o advogado da atriz diz que “Angelina está exausta, mas está aliviada que esta parte tenha acabado”, nós acreditamos e torcemos para que o ator concorde.

Olha, Brad se queixa da estratégia adotada por Angelina desde que ele ganhou o direito de ter visitas com os filhos e ele obviamente sabe melhor do que todos. A mágoa do que as crianças testemunharam é clara e elas tomaram o partido da mãe. Ele acusa a ex de fazer “lavagem cerebral” e manipular os filhos, mas aqui ele esbarra com o discurso clássico do abusador desfazendo da vítima. Era uma batalha perdida para ele e ainda assim ele ainda insiste: destruir Angelina financeiramente por causa do vinhedo é retaliação, sem dúvida. Mas é muito claro que o que ele comentou no passado se tornou realidade: dos seis filhos, que eram todos menores de idade na época da separação, há apenas dois que ainda não chegaram aos 18 anos. Os outros quatro não apenas não vêem mais o pai como tiraram seu sobrenome. Um acordo faz sentido quando a briga já acabou.

Nenhum detalhe do acordo foi imediatamente revelado, provavelmente não será. A ver!


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