A Vida e Legado de Marianne Faithfull

Marianne Faithfull foi uma das artistas “menos conhecidas” e mais influentes que as novas gerações não chegaram a descobrir. Musa de lendas como Mick Jagger, David Bowie, Nick Cave, Jarvis Corvis e tantos outros, Marianne ficou conhecida há 60 anos, quando no auge da Londres dos anos 1960s sacudia o mundo com os Beatles e tantos outros. Hoje, 25 de janeiro de 2025, ela faleceu aos 78 anos, em decorrência de sua saúde super frágil.

Marianne Faithfull lançou seu último ainda em 2021, depois de ter sobrevivido à Covid-19. Seu  álbum She Walks In Beauty foi mais uma parceria com o genial Warren Ellis, um testamento da incrível habilidade de sobrevivência desse ícone pop, com letras sensíveis, melodias e arranjos emocionantes de Warren (parceiro do igualmente genial Nick Cave). Marianne, já sem voz, declamou poesias que já eram cartas de despedidas para amigos e fãs.

Considerada uma das cantoras e compositoras mais versáteis e cheias de personalidade do Reino Unido, Marianne faleceu em Londres, cercada de sua família. Quando jovem, sua vida pessoal foi alvo de muitas fofocas, livros e canções e era igualmente celebrada na Moda e no Cinema. Descoberta com apenas 17 anos, ela foi a primeira a gravar As Tears Go By e viveu um longo romance com Jagger, que lamentou a morte da ex. “Ela fez parte da minha vida por tanto tempo. Ela era uma amiga maravilhosa, uma bela cantora e uma ótima atriz. Ela sempre será lembrada,” ele disse.

Nascida em 1946 em Londres, Faithfull era descendente da nobreza austríaca por parte de mãe mas cresceu como plebeia no Reino Unido. Como “namorada de Jagger”, explodiu nas paradas britânicas e inspirou canções como Wild Horses (o refrão é uma frase que ela usava) e You Can’t Always Get What You Want, entre outras. Logo enveredou por filmes e teatro também, trabalhando ao lado de Glenda Jackson, Oliver Reed, Alain Delon e Orson Welles, entre outros mitos. Infelizmente já sob efeito do vício em heroína.

As drogas não apenas deram um freio em sua carreira, mudaram seu timbre de voz e a fizeram viver nas ruas por um tempo. Em 1979 voltou ao sucesso com um de seus álbuns mais aclamados, Broken English. Sóbria, se manteve gravando e trabalhou com Damon Albarn, Emmylou Harris, Beck e Metallica, entre tantos outros.

Radicada em Paris por muitas décadas, deixou a cidade apenas quando sua saúde começou a falhar. Do câncer à Hepatite, nem a anorexia ou mesmo a Covid-19 a impediram de seguir. Mas, aos 78 anos, perdeu o fôlego.

O filme sobre sua vida, anunciado ainda em 2022 era para chegar aos cinemas em 2025, com Lucy Boynton como Marianne, mas em 2023 a atriz deixou o projeto que ficou à deriva. Uma pena. Será que agora retomam?

Mariane: descanse em Poder!


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