Na terra de Taylor Sheridan um dos produtos de maior sucesso é Yellowstone, uma novela disfarçada de série sobre a família Dutton e seu extenso rancho em Montana que dá nome à série. O sucesso mundial levou a vários spin-offs, expandindo o rico universo narrativo da série original e uma outra forma contextualizar a vida do oeste desde os pioneiros até os dias atuais (com 6666).

Assim veio a prequela 1883, que acompanha os Duttons enquanto eles embarcam em uma jornada desafiadora pela fronteira americana em busca de uma vida melhor. Ambientada no final do século 19, a série é estrelada por Sam Elliott, Tim McGraw e Faith Hill e aborda temas de perseverança, sobrevivência e as duras realidades da vida pioneira. Com linda cinematografia, 1883 abusa do melodrama, mas fez sucesso.

Depois veio1923, mas antes de embarcar nela, vale mencionar que há 6666 em andamento, que será ambientada nos dias atuais do Four Sixes Ranch, conhecido por sua criação de gado e cavalos de alta qualidade. A série promete focar em temas da cultura da fazenda e nas complexidades da vida moderna no Oeste. Já 1923, que está na sua segunda temporada, continua a saga Dutton, focando na vida da família no início do século 20 durante uma época de dificuldades econômicas. Assim como 1883, em 1923 os fãs ficam tentando adivinhar quem é o antepassado de John Dutton III (Kevin Costner) e obviamente estamos mais perto de descobrir.

A série é estrelada por Harrison Ford e Helen Mirren e vem fazendo sucesso, mas sim, é quase infantilmente dramática. Desde a 1ª temporada, vemos os Dutton – já instalados em Yellowstone – lidando com anos turbulentos, Lei Seca e as consequências da Primeira Guerra Mundial. Jacob Dutton (Ford) e Cara Dutton (Mirren) tentam manter a família unida enquanto enfrentam conflitos de terra, lealdade familiar e as duras realidades da vida naquele período.

Com paisagens deslumbrantes de Montana, os drama destoam e como há muitos e espalhados inclusive na África e Europa, já não me segura como antes. É meloso, é sofrimento sem fim e sabemos que sobreviverão e serão ricos e poderosos, portanto: por que tanta dor?

Críticos em geral apreciam a química entre Ford e Mirren, assim como o roteiro de Sheridan para contar histórias baseadas em personagens, misturando narrativas pessoais e históricas de uma forma que parece autêntica e envolvente. Em especial, mas é onde eu me desligo, 1923 aborda temas como colonização, interações nativas americanas e o impacto de eventos históricos em vidas pessoais, enriquecendo o cenário narrativo geral.

O que é inegável? Que 1923 enriquece a franquia Yellowstone com contexto ao legado da família Dutton, aprimorando a compreensão do espectador sobre os personagens que eles conheceram há anos, com um rico e detalhado vislumbre do passado.

A segunda temporada não tem refresco: inverno severo, violência e incertezas que fazem questionar como vão ser resolvidas. Gosta de lágrimas e romance da antiga? 1923 é pra você.

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