Como sabemos, o filme The Bitter End vai recontar os trágicos últimos dias da Duquesa de Windsor, Wallis Simpson e é impressionante que o que ela viveu é basicamente a realidade de O Que Aconteceu com Baby Jane. Essa apavorante história conta com duas lendas do cinema para chegar até nós em 2026: Isabella Rosselinni e Joan Collins, vivendo a a enigmática e implacável advogada Suzanne Blum e Simpson, respectivamente.
Hoje a primeira foto oficial do filme mostra como Joan, ícone da série Dynasty, se transformou perfeitamente em Simpson. A duquesa de Windsor abalou a monarquia britânica ao conquistar o coração do rei Eduardo VIII, que abdicou da coroa para ficar com ela.
The Bitter End é dirigido por Mike Newell (Quatro Casamentos e um Funeral), com roteiro de Louise Fennell (mãe de Emerald Fennell, de Saltburn e Wuthering Heights), e foca nos últimos anos da vida da duquesa, marcados pelo isolamento, pela demência e por uma relação inquietante com Blum — que assumiu o controle quase absoluto sobre a vida da antiga socialite, uma figura que durante décadas fascinou e escandalizou o mundo.

Uma história real envolta em mistério e poder
Após a morte de Eduardo VIII, em 1972, Wallis Simpson — já idosa e debilitada — tornou-se presa fácil para Suzanne Blum, uma advogada brilhante e temida, conhecida por representar Rita Hayworth em seu divórcio do príncipe Aly Kha. A nova produção promete escancarar a rede de manipulação e controle psicológico tecida por Blum ao redor da duquesa, uma vez que biógrafos apontam que Blum demitiu todos os outros conselheiros legais da duquesa e tornou-se sua única representante, mantendo-a isolada na Villa Windsor, em Paris, onde morreu em 1986.
Glamour, decadência e grandes nomes
A primeira imagem divulgada mostra Joan Collins com óculos escuros, envolta em peles e joias, segurando um vaso de rosas amarelas — possivelmente uma alusão à solidão dourada da duquesa. Isabella Rossellini, por sua vez, surge com olhar fixo e expressão dura, no que parece ser um momento de tensão silenciosa entre as duas personagens.
Rossellini, recém-nomeada ao Oscar por Conclave, traz consigo não só décadas de atuação brilhante — desde Veludo Azul até A Morte Lhe Cai Bem — como também o peso de um legado artístico: filha de Ingrid Bergman e Roberto Rossellini, foi modelo internacional e dirigiu projetos autorais sobre envelhecimento e feminilidade.


Ao elenco se juntam Miranda Richardson (duas vezes indicada ao Oscar) e Charles Dance, que esteve The Crown e Game of Thrones — e que, na vida real, foi próximo de Wallis Simpson após a abdicação do rei. Há especulações de que ele possa reprisar o papel de Lord Mountbatten.
O que todos estão impressionados é como Joan Collins retoma sua carreira com The Bitter End pouco antes de completar 92 anos — e parece mais ativa do que nunca. “Estou entusiasmada com o desafio de interpretar essa mulher icônica numa história ainda não contada”, declarou a atriz, que ganhou um Globo de Ouro e uma estrela na Calçada da Fama por seu papel em Dynasty.

Com o fim de The Crown na Netflix, o filme é uma maneira interessante de resgatar a história de duas mulheres controversas. O projeto vem sendo celebrado por fãs de história, cinema e realeza como uma das cinebiografias mais promissoras da temporada. A escolha das atrizes foi vista como um acerto: Collins, com sua elegância afiada e aura de poder, e Rossellini, com seu mistério intelectual e profundidade dramática, parecem feitas sob medida para reviver esse duelo psicológico entre duas mulheres que viveram à sombra da coroa — e às margens da sanidade.
Com filmagens já em andamento, The Bitter End deve estrear em 2026, marcando não apenas o reencontro de velhas estrelas com o grande público, mas também o resgate de uma história obscura, tensa e, até hoje, pouco explorada.
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