Muitos bestsellers da literatura têm repetido sua popularidade na Netflix ao longo de muitos anos. De You a Bridgerton, passando por Lupin, The Witcher ou a franquia The Haunting of, é comum tratar de adaptações literárias como base de boas histórias.
Mas é inegável que o investimento em grandes clássicos da literatura também têm ganhado espaço e em 2026, pelo menos três grandes livros serão vistos como séries.



Orgulho e Preconceito
A tentativa de entrar no irresistível universo de Jane Austen teve em Persuasão mais problemas do que sucesso. Dakota Johnson foi Anne Elliot em 2022, mas a tentativa de “modernizar” a história alterou de tal forma a personalidade da personagem que ela mais parecia Elizabeth Bennet de Orgulho e Preconceito.

Pois bem, agora teremos a obra mais popular da autora com a minissérie estrelada por Emma Corrin, Olivia Colman e Jack Lowden. E não, a reação não foi de confiança, justamente por causa de Persuasão. Outra sombra sobre a dupla inegavelmente de talento é a de seus antecessores lendários.

Para Emma, que estrelou a adaptação do clássico O Amante da Lady Chaterley em 2021 também para Netflix, é mais uma possibilidade de um papel desafiador com roteiro assinado por Dolly Alderton e direção de Euros Lyn. Eles garantem que “a adaptação se manterá fiel ao texto original” e o foco é “apresentar Austen a uma nova geração”. Dói, mas a última versão do livro completou 20 anos em 2025, já está mesmo na hora de uma mais recente.
A Época da Inocência
Há poucas semanas a Netflix que está trabalhando na adaptação do livro vencedor do Pullitzer em 1920 e escrito por Edith Wharton: A Época da Inocência.
Sou apaixonada pelo livro que foi brilhantemente adaptado para o cinema em 1992 por Martin Scorsese em um filme com Daniel Day Lewis, Michelle Pfeiffer e Winona Ryder. E de novo: depois do que a Apple TV Plus fez com The Buccaneers, tenho pânico de pensar no que pode ser essa série. Sim The Gilded Age está mostrando que não precisamos anacronizar todos os clássicos para que juventude os aprecie, será que serão fiéis ao texto de Wharton? Emma Frost (A Rainha Branca, A Princesa Branca, Jamaica Inn, Shameless) é a showrunner, mas o elenco ainda não foi anunciado.

Novamente a Netflix avisa que “a nova abordagem promete ser fiel ao romance de Wharton, mas falará a uma nova geração ao percorrer os salões de baile e quartos de seus jovens personagens, perguntando o que é amor — e o que é luxúria. E devemos, em última análise, ser guiados por nossas cabeças ou por nossos corações?”. A ver…
Frankenstein
Frankenstein, o conto de terror de Mary Shelley tem menos de 300 páginas, mas é um dos livros mais adaptados da história do cinema. Há versões diretas (cerca de 70), livres, paródias, reinvenções e até filmes inspirados vagamente na ideia do “cientista que cria vida”. Do primeiro curta no cinema mudo, de 1910, ao clássico de 1931 ou a versão frustrada de Kenneth Branagh em 1994, essa é uma história que fascina gerações e a Netflix não bobeou na sua adaptação. Ela é assinada por ninguém menos do que Guillermo del Toro.

Uma obsessão do premiado diretor, que vem trabalhando em um filme de Frankenstein há mais de 10 anos, será um filme – sim – “fiel à fonte”. No elenco teremos Jacob Elordi como a Criatura e Oscar Isaac como Dr. Frankenstein. Acho que o público feminino vai se animar com essa história estranha de necrofilia.
A estreia dessa produção está prometida para novembro, vamos contar os meses!
Vidas Amargas (East of Eden)
E claro ainda teremos em 2026, a adaptação assinada por Zoe Kazan do clássico americano, Vidas Amargas. A nova versão do livro de John Steinbeck é estrelada por Florence Pugh, Mike Faist e Christopher Abbot e será mais completa do que o filme de 1955, que focou no quarto final do livro.

Considerando que Christopher Nolan está filmando Odisséia e Emmerald Fennel está trabalhando em O Morro dos Ventos Uivantes, estaremos bem abastecidos de boas e grandes histórias atemporais. Certamente essa lista vai aumentar.
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