Novos Rumores e Conflitos em The Buccaneers

A volta de The Buccaneers confirmou o pior para mim: nada mudou. Roteiro pífio, más interpretações e a inconclusiva intenção de ser Bridgerton ou The Gilded Age. Diante de tantos cancelamentos, é uma surpresa que essa série esteja em sua segunda temporada. Mas, ignorando tudo de ruim — o que, no caso, é praticamente a série inteira —, vamos à volta do drama.

Reencontramos Nan exatamente onde a deixamos: na sua festa de casamento, onde, histericamente, ela circula entre os convidados e o jardim, alternando entre lágrimas e sorrisos. Sua instabilidade emocional não nos traz empatia porque ela não nos dá tempo para isso. Seu dilema é que o “preço” de ter ajudado sua irmã a escapar de um casamento abusivo foi unir-se a um homem que a ama, é rico e fiel, mas… não é Guy. Pior: a sogra, que sabe de toda a verdade, afirma que a resposta está em ser “obediente à instituição do casamento”.

Se Nan já é uma figura em constante estado de fuga (ela NUNCA está parada em cena — se interrompida, arruma logo um motivo para sair correndo de onde estiver), a palavra “obediência” funciona como um gatilho. Por alguma razão, por ora, ela segue oscilando entre lágrimas e sorrisos, escondendo de Theo o que aconteceu na véspera do casamento.

Esqueça, por enquanto, toda a teoria de que a Sra. Testvalley é secretamente a mãe biológica de Nan. Ela está longe. Quem chega é a “tia” da protagonista, Nell, interpretada por Leighton Meester. Acontece que Nell é a irmã mais nova de Patricia e a traiu com seu marido, Tracy, há 19 anos, porque era “aventureira”. Agora, questiona Patricia por ter cortado relações com ela — mesmo admitindo que deixou a filha, fruto da traição, sob os cuidados da irmã — e a condena por não ter permitido que mãe e filha se conhecessem. Falar de narcisistas malignos na ficção é quase redundante: todas as séries dramáticas atuais parecem girar em torno deles. Longe vão os dias de personagens realmente íntegros.

Nan é apresentada a Nell com um pequeno estranhamento, mas logo as duas se conectam. Claro! Não demora para vermos que a dinâmica entre Nell e Patricia espelha a de Nan e Jinny. Nell avisa que veio para ficar, e Patricia insiste que vai (finalmente) se divorciar de Tracy.

Entre as bucaneiras, há um avanço maior. Conchita assume as rédeas financeiras da família (arruinada) e consegue identificar uma nova fonte de renda: ajudar outras americanas ricas a se casarem com nobres igualmente arruinados. Há tanta coisa errada no conceito que chega a dar arrepios — especialmente considerando que a série pretende modernizar suas personagens, que, na verdade, querem título e amor, não apenas um casamento vantajoso. O trabalho de Conchita soa, no mínimo, incoerente.

Mabel e Honoria seguem secretamente juntas, mas há potencial para um novo triângulo amoroso. Para mim, a verdadeira heroína de The Buccaneers não é a insuportável Nan, mas a doce e traumatizada Lizzy. Um novo interesse romântico surge para ela, mas a troca de olhares e a proximidade com Theo não passaram despercebidas. A essa altura, é o casal que mais me inspira torcida.

E, longe da Inglaterra, Guy e Jinny posam de casados na Itália, onde estão escondidos do verdadeiro marido dela, Lord James (cunhado de Conchita). Ele está usando a mídia para tentar localizá-la, e isso, sim, vejam só, “força” Nan a agir da forma que mais aprecia: com drama e autopromoção. No baile preto e branco, ela surge vestida de vermelho, para garantir as primeiras páginas dos jornais. Tudo, claro, apenas para ajudar Jinny. E assim ficamos, esperando o que vem na próxima semana.


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