Nesta sexta-feira, 4 de julho de 2025, o Oasis sobe ao palco pela primeira vez desde a separação em 2009. A expectativa para a estreia da turnê Oasis Live ’25 é gigantesca, com fãs especulando cada detalhe do show — especialmente o setlist, que parece ter vazado nos bastidores. Com 26 faixas, ele abrange todas as fases da banda e reacende debates sobre o legado do grupo, as tensões entre os irmãos Gallagher e a força atemporal de suas composições. A seguir, comentamos faixa a faixa o que esse repertório revela:

1. Fuckin’ in the Bushes
Abrir com esse instrumental pesado e raivoso, que já inaugurava os shows da fase final do Oasis, é um recado claro: eles querem entrar com força total. Uma trilha de luta e provocação.

2. Acquiesce
Um hino da irmandade (ou sua ausência?), com Noel e Liam alternando vocais. Ironia ou redenção? A escolha soa como declaração sobre a reconciliação pública.

3. Columbia
Uma das faixas mais cruas do álbum de estreia. Psicodelia e atitude britpop no talo — um presente para os fãs mais antigos.

4. Morning Glory
Caótica, barulhenta e perfeita para o estádio. Uma das músicas que definiram a sonoridade da banda em seu auge comercial.

5. Cigarettes & Alcohol
O deboche de classe operária e hedonismo britânico em forma de rock. Reforça as raízes de barulho e rebeldia do Oasis.

6. Supersonic
O primeiro single, ainda hoje vibrante. Relembrar essa faixa é como voltar ao momento exato em que o Oasis conquistou o mundo.

7. Stand By Me
Uma das mais emotivas da fase Be Here Now. Liam canta com vulnerabilidade incomum — uma balada sobre apoio e redenção.

8. Some Might Say
Com seu riff sujo e otimismo irônico, essa faixa sempre foi um manifesto do espírito working class do grupo. Uma das mais britânicas da lista.

9. Roll With It
A canção do “embate” com Country House do Blur. Hoje soa mais como símbolo da resistência da banda à crítica do que como clássico absoluto.

10. Go Let It Out
Representando a fase Standing on the Shoulder of Giants, ela mostra como o Oasis flertava com novos sons no início dos anos 2000, sem perder a essência.

11. She’s Electric
Pop deliciosamente Beatles — e divertida. A energia contagiante deve virar momento de coro coletivo no show.

12. Half the World Away
Imortalizada por The Royle Family, essa balada de Noel é uma escolha melancólica e íntima. Uma joia que mostra o lado mais vulnerável da banda.

13. D’You Know What I Mean?
Épica, grandiosa e com produção maximalista — puro Be Here Now. A escolha reforça que o set não foge da megalomania dos anos 90.

14. Lyla
A fase pós-apogeu com força. Um dos últimos grandes hits, com Liam em seu modo mais roqueiro e irônico.

15. The Importance of Being Idle
Noel assume os vocais em uma canção que pisca para The Kinks. Letra sagaz, arranjo elegante — e um dos grandes acertos tardios da banda.

16. Stop Crying Your Heart Out
Um hino de consolo — tocado em funerais, momentos tristes, esperanças partidas. Um dos momentos mais emocionais do set.

17. The Masterplan
Clássico que nem entrou em álbum oficial. “Melhor B-side da história” segundo muitos fãs, é uma balada épica que mostra o alcance poético de Noel.

18. All Around the World
Exagerada? Sim. Inesquecível? Também. Uma carta de amor ao excesso e aos Beatles — agora talvez mais impactante do que nunca.

19. It’s Gettin’ Better (Man!!)
Outra do Be Here Now que, ao vivo, ganha potência. Barulho, camadas e caos: uma escolha ousada.

20. Champagne Supernova
A balada-alucinação definitiva do britpop. Sempre linda, sempre misteriosa — e provavelmente um dos clímax da noite.

21. Rock ’n’ Roll Star
Voltar com essa música é voltar à origem. O primeiro grito de arrogância e sonho da banda. Identidade pura.

22. Wonderwall
Não poderia faltar. A música que virou hino universal. Vai ecoar com milhares de vozes. Liam promete cantar — o que já é notícia.

23. Don’t Look Back in Anger
Noel assumindo os vocais mais simbólicos da carreira. Uma canção de reconciliação? Fato: ela une fãs e irmãos — ao menos no refrão.

24. Slide Away
Dos momentos mais intensos do Definitely Maybe. Um romance quebrado em forma de canção — que Liam sempre defendeu como uma das suas favoritas.

25. Live Forever
A filosofia da banda. O recado mais forte de Noel Gallagher à geração dos anos 90. Impossível não se emocionar.

26. I Am the Walrus
O cover de Lennon que sempre fechava os shows. Psicodelia, caos e reverência — um encerramento que resume o Oasis: barulhento, referencial e ousado.

Com esse setlist, o Oasis promete uma noite de celebração, memória e possível cura. A seleção não busca surpreender, e sim confirmar: a banda sabe exatamente o que o público quer ouvir. E depois de 15 anos, todos estão prontos para ouvir — juntos.