Uma festa com cara de que tudo daria errado, mas isso nos levaria para um clássico episódio de Sex and the City e, finalmente, And Just Like That deu algum sinal de vida. E depois do derrape de matar um personagem secundário do secundário duas vezes (e se defender que fomos nós que entendemos errado, mas sobre isso no final), já estava em tempo.
Estranhar que Carrie possa estar escrevendo um best-seller de qualidade quando se trata de um romance de época me surpreendeu duplamente, mas tenho que considerar que Duncan Reeves é um autor respeitado e gostou, por isso é um fato, mesmo que estranho.

Mas antes, vamos ao recap por grupos. Anthony está nervoso para conhecer a futura sogra, Gia, que é apenas a desculpa para ter Patti LuPone no elenco. Claro que ela não gosta dele, mas está estranho porque ela chega falando italiano fluente, mas segundo ele, é fake. A psiquiatra chique e opressora é de Buffalo, NY, mas inventou essa persona. Tudo estranho. Seja como for, ela adora as amigas de Anthony, especialmente Carrie, que tentam ajudar Anthony o elogiando.
Miranda e Joy estão em um momento ótimo, o que é tranquilizador porque Miranda estabanada já estava cansativo. Conversando com Carrie, que quer organizar uma festa de aniversário para Charlotte, Miranda logo percebe que há algo errado acontecendo com Harry, mas Carrie mente e diz que o pobre Richard Burton é que está mal de saúde. Assim, as duas se juntam para uma festa inesquecível.
Enquanto isso, Charlotte flagra Harry com outra mulher. Calma: é a personal shopper que o auxilia a acertar sempre nos presentes da esposa. O problema é que ela sabe que Harry tem câncer, o que irrita Charlotte porque ela ainda tem que manter o segredo para as amigas e filhas, a pedido dele. Mas Harry é tão perfeito que dá para dar esse crédito a ele.
Em casa, Lilly está arrasada por ter levado um fora do namorado bailarino e tem que ser arrastada para a festa que é cafona e infantil em prol de ser divertida. Sim, Miranda sem-noção ainda está viva e tomou para si o papel de anfitriã e animadora, com uma máquina de karaokê que está deixando todos constrangidos.
Não fosse o filho da Lisa, que toma o microfone para cantar sucessos da Broadway com total entrega e empolgação, todos ignorariam a chance de brilhar. Miranda não se dá por vencida e o festival de gafes vai se acumulando.

Sim, Carrie e Duncan, o vizinho-escritor-soturno, trocam elogios literários e estão cada dia mais próximos, tanto que ele é convidado para a festa e aparece. Juntos, zombam das músicas e flertam sem flertar. Miranda observa tudo atenta.
Aliás, sempre Miranda, em um derrape indiscreto com Harry, pensando que está falando sobre o cachorro, e o mal-entendido de quem realmente está morrendo chega ao impossível. Assim, finalmente, a verdade é compartilhada com Carrie, Miranda e Lisa, comprovando que esse é o melhor e mais consistente casal de toda a franquia. E que Miranda continua só dando bola fora.
Seema, nossa substituta de Miranda, está se adaptando à vida sem luxo em Nova York, o que a leva a fazer os cílios postiços em um salão barato e pegar uma infecção, é a outra salvação da série. Com isso, flertando abertamente com o Adam, o jardineiro, também convidado para a festa de Charlotte, ela aparece com um tapa-olho improvisado e nada desanima Adam de ir pra cima. Assim, o melhor momento da festa acontece quando ele, com muito humor, canta “Bette Davis Eye” pra Seema. Sim, finalmente um namoro está por surgir.

Com o fim da festa, Carrie limpando tudo, vemos ainda Miranda na cozinha de Carrie e sabemos que vai dar ruim (afinal, ela não tem noção). E não demora: ao fazer uma piada do clima com Duncan, desperta uma Carrie furiosa e reativa. “Eu estou com o Aidan, Miranda!”, como se tentasse se convencer e nos lembrar. Sim, tecnicamente ela está no jogo bizarro de um relacionamento aberto e à distância com ele, mas o fato de que ela diz para Miranda que a história dos dois tem 20 anos e claramente ainda está indo mal, diz tudo.
As duas fazem as pazes, Miranda finge que acredita que está tudo bem, mas a música dos créditos diz:
Então, mesmo se eu pudesse, eu não voltaria para onde começamos,
Eu sei que você ainda está esperando, imaginando onde meu coração está,
Orando para que as coisas não mudem,
Mas a pior parte é você percebendo que talvez eu, talvez eu não seja a mesma.
Sim, The Hardest Part, de Olivia Dean, diz o que todos já sabíamos. Aidan está na contagem regressiva.
E sobre o pai de Lisa?
Incrivelmente, o episódio anterior de And Just Like That… mostrou Lisa descobrindo a morte do pai. Embora tenha havido funeral e narrativa de luto, fãs atentos lembraram que ela já havia dito, lá na primeira temporada, que ele estava morto. Depois, ele apareceu vivíssimo na segunda temporada, interpretado por Billy Dee Williams. A explicação oficial? Segundo uma fonte da produção, Lisa estava se referindo ao padrasto naquela cena da primeira temporada.
As reações dos fãs — como a própria série — estão por toda parte e esse é o estranho charme da série: de adorada, um sucesso de hate-watching. Mas é o que é.
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