Com o roteiro de Cruella 2 já finalizado, a expectativa para o retorno da vilã mais fashion do cinema cresce — e tudo indica que reencontraremos Estella De Vil em 2026 ou 2027. A continuação deve retomar o universo estilizado e ousado do primeiro filme, que reimaginou a origem da antagonista de 101 Dálmatas com Emma Stone no papel principal. Mas o que exatamente ficou em aberto e pode ser explorado na nova trama?
Ao final de Cruella (2021), vemos Estella assumir de vez sua persona como Cruella De Vil, forjando a morte de sua identidade anterior e herdando legalmente a mansão da Baronesa, agora rebatizada como “Hell Hall” — a icônica residência do desenho original. A cena final mostra Cruella entregando dois filhotes dálmatas, Pongo e Perdita, como presentes para Roger e Anita, personagens centrais da narrativa futura. Essa decisão abriu espaço direto para conectar os eventos da prequela com a clássica história de 101 Dálmatas, criando expectativa sobre como Cruella se transformará, de ícone da moda rebelde, na vilã disposta a sequestrar filhotes por um casaco.


Mas a transição ainda não está completa — e é exatamente esse o espaço que a continuação pode explorar. O primeiro filme constrói uma anti-heroína que, apesar de ousada e implacável, jamais chega a ser cruel de verdade com os cães. Como o roteiro lidará com essa evolução moral? Teremos uma versão mais sombria da personagem, ou a Disney vai continuar reescrevendo sua vilania como uma construção do sistema que a oprimia?
Além disso, a relação entre Cruella e a Baronesa, interpretada por Emma Thompson, deixa rastros dramáticos. A Baronesa está viva, presa, e conhece os segredos mais profundos da protagonista — inclusive o fato de ser sua mãe biológica. Um retorno da personagem, mesmo que em pequena participação, poderia ampliar o drama familiar ou alimentar o legado de manipulação e poder que Cruella herda, ainda que não admita.
Outros personagens também merecem uma retomada. Jasper e Horace, parceiros fiéis da protagonista, foram importantes na sua ascensão, mas o final do filme já dava sinais de tensão entre eles. Como será essa dinâmica agora que Cruella assumiu de vez uma persona mais autoritária e egocêntrica? A lealdade deles poderá ser colocada à prova.


Além da trama, as especulações sobre a produção aumentam o interesse: Emma Stone já está confirmada no papel principal e também atua como produtora, o que indica que a personagem continuará sendo pensada como camadas de rebeldia, carisma e conflito interno. A grande dúvida é se Emma Thompson retornará como a Baronesa, algo ainda mantido sob sigilo.
O figurino, um dos pontos mais celebrados do primeiro filme (que inclusive venceu o Oscar), pode voltar a ser assinado por Jenny Beavan — mas ainda não há confirmação oficial. Espera-se que a sequência mantenha o espírito punk dos anos 70, mas flerte com o excesso kitsch e a opulência dos anos 80, à medida que Cruella se aproxima do visual caricatural da animação.
Na direção, Craig Gillespie deve retornar — e isso é um bom sinal. O cineasta equilibrou bem drama e sátira, criando uma protagonista excêntrica sem perder o controle narrativo. A trilha sonora, que teve um papel fundamental no sucesso do primeiro filme, misturando clássicos do rock com uma vibe sofisticadamente anárquica, deve manter a assinatura com faixas de impacto — quem sabe até com uma música original, agora que a personagem está mais consolidada no imaginário pop.
Visualmente e musicalmente marcante, Cruella criou uma atmosfera própria, quase uma Londres punk estilizada, que conquistou fãs de moda e cinema. A expectativa é que Cruella 2 mantenha esse padrão, mas também avance a história para mais perto dos eventos de 101 Dálmatas. A grande questão que paira é: como transformar uma rebelde carismática em uma verdadeira vilã — e ainda fazer o público torcer por ela?
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