Desde a estreia, House of the Dragon foi saudada como uma herdeira digna de Game of Thrones. Isso poderia ser positivo ou negativo, claro. A primeira temporada conquistou público e crítica com sua narrativa densa, estética impecável e uma promessa de devolver Westeros ao lugar de prestígio na cultura pop. Mas, como sabemos, a segunda temporada não repetiu o mesmo impacto — e a reação negativa ao episódio final foi um sinal de alerta. Traumas recentes? Sem dúvida!

A recepção foi correta, mas menos entusiasmada: 83% de aprovação no Rotten Tomatoes, sete pontos abaixo da estreia. Até George R. R. Martin criticou a adaptação, apontando falhas em como Fogo & Sangue foi levado para a televisão. O golpe mais sentido veio do público: a ausência de um grande confronto, típico da franquia, deu a sensação de que o final foi abrupto, quase inacabado.
É nesse contexto que Olivia Cooke, a rainha Alicent Hightower da série, veio a público com uma promessa: a 3ª temporada vai “começar com um estrondo”. Em entrevista ao Collider, a atriz revelou que os dois primeiros episódios da próxima temporada foram, originalmente, planejados como o clímax da 2ª. Ou seja, o que o público sentiu falta no final do ano passado chegará agora, com força redobrada. Segundo Cooke, será “maior e mais feroz do que nunca”.
O que significa uma temporada “mais feroz”
Vale lembrar que House of the Dragon já nasceu sob a sombra do final apressado de Game of Thrones. A redução do número de episódios da 2ª temporada — de dez para oito — acendeu as mesmas preocupações que pairaram sobre o desfecho da série-mãe. O temor se confirmou: cortes narrativos, tramas empurradas para frente e a sensação de vazio.
A revelação de Cooke explica muito: a decisão de adiar cenas cruciais fez a temporada perder seu impacto natural. Mas também abre espaço para uma correção de rota. Se realmente começarmos a 3ª temporada com uma energia de “batalha final”, a confiança do público pode ser restaurada.

Entre audiência e legado
O desafio da série agora não é apenas narrativo, mas também estratégico. A HBO sabe que a audiência ainda é poderosa, mas o desgaste crítico pode corroer a lealdade dos fãs. A 3ª temporada, portanto, precisa não só entregar respostas e conflitos épicos, como também reconquistar a confiança emocional de quem se frustrou no último ano.
Ao que tudo indica, esse será o caminho: oferecer o que ficou pendente, ampliar o escopo das batalhas e retomar a intensidade que fez a primeira temporada ser celebrada. A ideia é clara — começar com algo arrebatador o suficiente para manter os fãs semana após semana, evitando que a sensação de decepção se repita.

O que esperar
Com Emma D’Arcy, Matt Smith e Olivia Cooke à frente, o poder de atuação está garantido. O que o público espera agora é uma temporada que não se encolha, que não se prenda à contagem reduzida de episódios, mas que se atreva a entregar a grandiosidade prometida desde o início. Afinal, Westeros nunca foi lugar de finais tímidos.
Se a promessa de uma temporada “mais feroz” se cumprir, House of the Dragon pode não apenas corrigir seu rumo, mas também reafirmar sua posição como a série de fantasia mais influente da atualidade.
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