Chief of War Episódio 8: O Bosque Sagrado Prepara Kaʻiana para a Guerra Final

O penúltimo episódio de Chief of War não dá tempo para respiro. Começamos entre corpos espalhados pela praia, consequência direta do ataque brutal do capítulo anterior. Entre os mortos está Waine’e, que morreu protegendo o filho — uma das perdas mais dolorosas da temporada. A câmera permanece o suficiente para nos lembrar que este é o custo real da guerra.

Kaʻiana, dilacerado, não demora a culpar Kamehameha. Com 248 mortos, ele o vê como responsável e parece pronto para enfrentá-lo. Moku surge como defensor do chefe, mas nada aplaca a fúria de Kaʻiana, que lembra — com amarga precisão — que havia alertado todos sobre os britânicos. Sua frustração é quase palpável: ele está certo, mas não é ouvido.

Kaʻahumanu impede que ele faça algo irreversível. Ela está em conflito, dividida entre a lealdade ao marido e o desconforto com seus métodos, e o episódio aproveita essa tensão para mostrar sua importância como mediadora e consciência política da trama.

O racha entre aliados

De volta à aldeia, Kaʻiana decide que partirá para Kaua’i, deixando que Kamehameha lute sozinho. Essa decisão abre um racha interno: Nahi e Heke não aceitam fugir e querem ficar para lutar. A série mostra Kaʻiana cada vez mais isolado — não apenas de Kamehameha, mas de seus próprios homens.

É nesse momento que Kupuohi, após episódios de tensão no casamento, volta a apoiar o marido. Ela pede desculpas e reconhece que ele voltou diferente da guerra — e que isso o assombra. Essa pequena reconciliação dá ao personagem um breve momento de humanidade antes da próxima tragédia.

A violência chega ao limite

Enquanto isso, Opunui, incansável e cruel, captura Nahi e Heke na floresta. Nahi consegue ganhar tempo e dá uma surra em Keoua para que Heke possa fugir, mas o ato heroico custa sua vida: Keoua o mata esmagando seu crânio com uma pedra — uma das cenas mais brutais da série.

Heke é mantida viva para levar o recado a Kaʻiana, que corre para recuperar o corpo do amigo. A dor dele é imensa e o episódio deixa claro que essa perda pode ser o ponto sem volta para o personagem.

O colapso de Kahekili

Paralelamente, Kupule enfrenta seu próprio destino. Ele testemunha o pai, Kahekili, beber a água misturada ao veneno do “peixe do pesadelo”, entrando em um estado de fúria e destruição. Kupule decide matá-lo, mas é tarde demais: Kahekili reage e esfaqueia o próprio filho. É um momento de ruptura que mostra que a guerra não está apenas entre reinos, mas também dentro das próprias famílias.

Kamehameha toma sua decisão

Diante de tudo isso, Kamehameha decide atacar Keoua de frente. Ele insiste que não precisa de Kaʻiana nem de suas armas, mas Kaʻahumanu sabe que isso é bravata. Em uma decisão corajosa, ela procura Kaʻiana e o convence a lutar — não por Kamehameha, mas por Nahi, para honrar sua memória.

Kupuohi também procura Kamehameha, lembrando-o de que ele não vencerá sozinho. É o bastante para que o chefe volte atrás e permita que Kaʻiana treine seus guerreiros no uso das armas de fogo.

O presságio dos deuses

Quando o vulcão entra em erupção, todos interpretam como um sinal divino: os deuses falam por Keoua. Mas, presságio ou não, o destino está traçado — a guerra é inevitável.

Uma preparação para a tragédia

“O Bosque Sagrado” não é apenas o título do episódio, é o lugar simbólico onde os personagens estão: um espaço onde decisões são julgadas pelos deuses e onde não há retorno. Este capítulo prepara o terreno para um final de temporada que promete ser sangrento e definitivo.

É um episódio que mostra Kaʻiana no ponto mais sombrio de sua jornada, Kamehameha em rota de colisão com o próprio orgulho e Kaʻahumanu como a ponte entre eles. Com duas mortes importantes — Nahi e Kupule —, o episódio avisa que ninguém está a salvo.


Descubra mais sobre

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Deixe um comentário